Torcida não abandona, mas São Paulo vai mal com Morumbi cheio

A torcida do São Paulo deve mais uma vez comparecer em bom número no Morumbi para apoiar o time nesse domingo, a partir das 16 horas (de Brasília). O duelo contra o Sport Recife dá ao Tricolor a chance de sair da zona de rebaixamento. Isso, aliado ao fato da equipe voltar a jogar no Cícero Pompeu de Toledo apenas na última rodada do Campeonato Brasileiro por causa do aluguel para shows, ajudará a tornar real a expectativa de que mais de 40 mil pessoas comparecem à casa são-paulina.

O problema é que Morumbi cheio não tem sido sinônimo de bons resultados para o São Paulo. Dos cinco jogos que a equipe teve mais de 40 mil apoiadores, apenas um terminou com vitória dos mandantes: 3 a 2 em cima do Cruzeiro com 56.052 fãs nas arquibancadas.

De resto, a torcida tricolor teve de voltar para casa sentindo um sabor amargo. Foi assim nos empates por 1 a 1 com o Corinthians (61.142 torcedores), 2 a 2 com a Ponte Preta (42.724 torcedores) e 1 a 1 diante do Grêmio (51.511 torcedores), além da derrota por 2 a 1 frente ao Coritiba (53.635 torcedores).

Por outro lado, das cinco vitórias que conquistou na sua casa, quatro foram para um público inferior a 35 mil torcedores. Com exceção ao triunfo em cima da Raposa, o Tricolor Paulista bateu Avaí (12.427 torcedores), Palmeiras (33.288 torcedores) e Vitória (12.536 torcedores), todos por 2 a 0, e superou o Vasco por 1 a 0 (22.574 torcedores).

E a sina de se complicar quando tem sua própria casa cheia de são-paulinos não é de agora. No Campeonato Paulista, a vitória por 5 a 2 em cima da Ponte Preta foi a única diante de um público de expressão (50.952 torcedores). Em outras três oportunidades de grande expectativa, o time sucumbiu. Empatou por 2 a 2 com o Mirassol (43.961 torcedores) e acabou ficando no 1 a 1 com o Corinthians (51.869 torcedores), de quem depois ainda perdeu por 2 a 0 em novo clássico (45.366 torcedores). Pela Copa do Brasil, o revés de 2 a 0 para o Cruzeiro frustrou 43.662 torcedores no Morumbi.

Se por um lado o time parece não saber lidar ou aproveitar esse apoio incondicional, a torcida dá provas de fidelidade jogo a jogo e não abandona por nada a causa de ajudar o clube a se livrar do rebaixamento no Campeonato Brasileiro. A média de público da equipe na competição por pontos corridos é de 34.805 torcedores, só perde para o líder, que tem média de 38.697 torcedores em Itaquera. Em compensação, as quatro melhores marcas de público do Brasileirão são do Tricolor Paulista.

Por isso, o goleiro Sidão fez até questão de minimizar os números negativos do São Paulo com o Morumbi cheio antes do confronto com o Sport Recife.

“Isso aí é mais estatística mesmo, não tem um porque, o último jogo prova isso, recorde e a melhor partida, time bem consistente, dominou… Resultado não veio, mas isso não quer dizer nada”, argumentou o jogador, sem negar, porém, que o São Paulo, inclusive seus torcedores, tem sofrido com um abatimento muito forte sempre que o adversário marca um gol na casa tricolor.

“A parte psicológica tem sido trabalhada. Dentro da partida, o Morumbi, todo mundo sente na hora que a gente toma gol. É muito tempo sofrendo nessa zona de rebaixamento, qualquer gol sofrido começa a passar coisas na cabeça… Temos trabalhado para que isso não afete tanto a gente. Temos conseguindo manter um bom jogo, uma hora ou outra a confiança vai vir”, garantiu Sidão.

 

Fonte: Gazeta Esportiva

2 comentários em “Torcida não abandona, mas São Paulo vai mal com Morumbi cheio

  1. Podiam levantar os erros de abitragem nestes jogos.

    Houve erros graves em:
    empates por 1 a 1 com o Corinthians (61.142 torcedores): lista enorme de erros
    empate em 2 a 2 com a Ponte Preta (42.724 torcedores): expulsão injusta de Jucilei (a regra é não punir um time duas vezes com pênalti e expulsão. Cartão vermelho só se a jogada for violenta ou fora do lance de bola)
    derrota por 2 a 1 frente ao Coritiba (53.635 torcedores): penalti inexistente para o Coritiba
    1 a 1 com o Corinthians (51.869 torcedores): gol impedido do Jo (que parte da imprensa justificou com uma interpretação inedita da lei de impedimento que foi usada apenas naquela ocasião)

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