Entre as qualidades citadas pelo São Paulo no anúncio de Gustavo Vieira como gerente executivo de futebol do São Paulo, em julho, estava o fato de ser sobrinho de Raí, ídolo da torcida tricolor. Aposentado dos gramados e já mais distante do clube, o tio o procura sempre à espera de novidades, na condição de torcedor.
“Eu procuro passar o que eu conheço, minha experiência. Mas ele tem o estilo dele. E ele já conhecia bem o clube; internamente, talvez melhor do que eu, hoje em dia. Ele é jovem ainda, mas tem bagagem e muito a oferecer, com sua competência e inteligência”, diz o ex-atacante.
Desde que deixou de oferecer assessoria jurídica para se tornar gestor do futebol são-paulino, Gustavo participou de três contratações: o zagueiro Roger Carvalho, o atacante Welliton e o lateral direito Luis Ricardo. Agora, entre uma temporada e outra, o volume de negociações é muito maior. E Raí, privilegiado pela proximidade familiar, tenta se inteirar em primeira mão.
“Obviamente, eu não participo das decisões, mas a gente sempre troca ideias dos jogadores que estão aí e dos que estão por vir. Porque eu sou torcedor e quero saber (risos). Se puder dar mina opinião, eu dou, mas a decisão é interna, dos dirigentes que estão ali no momento”, conta.
O ataque, setor em que o tio fez muito sucesso com a camisa tricolor – ganhou títulos como Campeonato Paulista, Campeonato Brasileiro, Copa Libertadores e Mundial -, é a principal preocupação da comissão técnica de Muricy Ramalho e, por consequência, da diretoria.
Sem vaga na próxima Libertadores, porém, o clube tem enfrentado dificuldade para se reforçar. A justificativa de Muricy, no entanto, é a de que a campanha sofrível nesta temporada, na qual o São Paulo apenas lutou para se salvar do rebaixamento à segunda divisão, atrasou o planejamento.
Fonte: Gazeta Esportiva