Rafael Toloi chegou ao São Paulo em julho de 2012, virou titular nos primeiros treinos e foi um dos fatores de mudança, junto de Ney Franco, que proporcionaram a arrancada no Brasileirão e o retorno à Copa Libertadores. Nesta quinta-feira, de volta à equipe titular após início de ano na reserva, ele começa a colher o que plantou, e jogará sua primeira partida da vida no principal torneio sul-americano
– Cresci vendo o São Paulo jogar a Libertadores, conquistando três títulos. Agora, poder disputar a competição pelo clube é um motivo de muita felicidade. Espero estrear bem – disse o zagueiro, de 22 anos.
O São Paulo agora enfrentará o The Strongest (BOL), no Morumbi, no segundo jogo do Grupo 3 da competição. No discurso do elenco, é obrigação conquistar a vitória, para amenizar a derrota na primeira partida, contra o Atlético-MG – na ocasião, Rhodolfo completou a zaga ao lado de Lúcio, assim como nas partidas contra o Bolívar (BOL). Com as falhas defensivas, Toloi voltou ao time no jogo seguinte, contra o Ituano e conseguiu se manter, com três vitórias.
No ano passado, o jovem zagueiro também foi inserido na equipe para solucionar os problemas defensivos. E logo quando chegou, sob o comando de Ney Franco. Antes, com Emerson Leão, Paulo Miranda e Rhodolfo faziam a dupla de zaga, e sofriam com as falhas no fim do estadual e no início do Brasileirão. Após a entrada de Rafael Toloi, o time ganhou solidez na defesa, e passou a produzir um futebol mais consistente.
Contratado para ser um dos protagonistas na Libertadores, o zagueiro Lúcio agora tem como companheiro um antigo fã. Toloi conta que sempre se inspirou no veterano, e que, por isso, terá mais confiança para estrear na Libertadores. A diretoria, inclusive, imaginava que esta seria a zaga titular desde o início do ano. Ney Franco, no entanto, quis dar tempo ao jovem para que se adaptasse ao lado esquerdo, algo que o camisa 2 vê como solucionado.
Dos 11 jogadores que deverão ser titulares no jogo desta quinta-feira, Toloi é o único são-paulino que ainda não jogou uma partida de Libertadores. Na Sul-Americana, porém, ele já acumula experiência. No ano passado, atuou como titular em todos os jogos na campanha do título tricolor, e, em 2010, foi vice-campeão com o Goiás.
Rafael Toloi, em entrevista ao LANCE!Net: ‘Vamos entrar com espírito de guerreiros’
L!: Já tem noção da importância do Libertadores para o São Paulo ou acha que só saberá em campo?
RT: Acho que a gente já tem uma noção, sabe da importância que tem essa competição para o São Paulo e para a torcida. É um jogo muito importante e temos que conquistar a vitória.
L!: Acha que por conta da derrota no primeiro jogo essa partida contra o The Strongest é decisiva? Estreia com alguma pressão?
RT: Infelizmente sofremos uma derrota contra o Atlético-MG,foi um jogo de igual para igual. Isso agora é passado. Dentro de casa, com apoio da nossa torcida, precisamos dessa vitória. Vamos entrar com espírito de guerreiros.
L!: Você já disse que o Lúcio foi um dos que te inspiraram, e poderá estrear no torneio ao lado dele? Dá mais confiança?
RT: Dá tranquilidade, ele sempre orienta, um sai na caça e outro fica na sobra. Estou muito feliz, Lúcio é um grande jogador, e eu sempre disse que gostava muito dele pela raça, disposição e força que ele tem no campo. Jogar ao lado dele dá confiança. Não sofremos gol contra o Linense, e isso foi importante, deu uma confiança.
L!: E como é a convivência com o Lúcio, fora e dentro de campo?
RT: É um cara muito legal, já se ambientou com o grupo, participa de todas as brincadeiras da concentração. É muito bom tê-lo do nosso lado. A experiência que ele tem, títulos que conquistou… tem uma carreira vitoriosa e eu sonho isso para mim também.
L!: No ano passado a zaga melhorou com sua entrada? Vai repetir?
RT: Não é só um jogador que faz a diferença. Ney chegou comigo, e buscou uma forma de jogar. Terminamos o Brasileiro bem e tivemos o título da Sul-americana. Venho me preparando muito, procuro estar sempre bem.
L!: Ney justificou seu início do ano na reserva por não jogar pelo lado esquerdo. Tem essa diferença?
RT: É um pouco diferente, mas seria mais difícil um lateral-direito jogar na esquerda. Na zaga, é mais posicionamento e comunicação entre os dois. Mas já me adaptei bastante, fiz alguns treinos, jogos e melhorou bastante. Não tem muita diferença.
Fonte: Lance