SP x Palmeiras pela 1ª vez em ano de reconstrução

Depois de uma temporada de sofrimento, Palmeiras e São Paulo jogam pela reconstrução em 2014. O primeiro reformula o elenco que venceu a Série B no ano passado para voltar a ocupar lugar expressivo no futebol brasileiro. O segundo, com menos mudanças, tenta identificar e evitar os erros que fizeram com que o clube vivesse crise inédita, que quase causou o rebaixamento no Brasileirão em 2013. Neste domingo, os rivais se encontram pelo Paulistão, no Pacaembu, às 17h. Chance para ver qual clube inicia de melhor forma tal reconstrução.

Depois do título da Série B, o Palmeiras teve como principal objetivo a reformulação de seu elenco: dos quatro grandes paulistas, foi o que mais contratou. Jogadores importantes que compuseram a base no ano passado foram mantidos, como Fernando Prass, Wesley, e Leandro.

Apesar da manutenção de peças, o treinador Gilson Kleina está reconstruindo a equipe: Lúcio entrou na zaga, Wendel vem sendo utilizado na lateral direita. No meio de campo, Marcelo Oliveira encontrou espaço atuando como primeiro volante, e, na frente, o técnico decidiu apostar em Mazinho, que passou 2013 emprestado. O reforço Marquinhos Gabriel tem entrado com destaque, e dá sinais de que deve conquistar espaço na equipe. O atacante Diogo, recuperado de lesão, está à disposição de Kleina e deverá ser relacionado.

Na preparação para enfrentar 2014, o Palmeiras começou bem, vencendo os quatro primeiros jogos do Paulistão e mantendo 100% de aproveitamento. O único percalço foi a saída de Henrique, capitão do time. O jovem Wellington entrou bem contra o Penapolense, mas será testado ao lado de Lúcio no clássico.

O São Paulo, em modelo diferente, também mudou. Apesar de até agora ter feito apenas três contratações, sendo que o colombiano Dorlan Pabón nem tem a estreia possibilitada, o técnico Muricy Ramalho já fez quatro mudanças na equipe desde o término de 2013. Reforços, Luis Ricardo e Alvaro Pereira assumiram as laterais direita e esquerda nos lugares de Paulo Miranda e Reinaldo. Wellington voltou a ganhar a vaga como primeiro volante após péssimo início de ano de Denilson. Osvaldo, no ataque, marcou um gol depois de 11 meses e 45 jogos de jejum: ganhou a titularidade no lugar de Douglas.

Segundo Muricy, não há desafio maior ou menor entre reconstruir um time a partir de muitas contratações, como o Palmeiras faz, ou a partir da aposta em atletas que tiveram queda recente de desempenho, como no São Paulo. Nas conversas com a diretoria, após repensada a ideia do presidente Juvenal Juvêncio pela reformulação completa, Muricy passou alguns pedidos por reforços. Diz que não falou em nomes, mas só em posições, e fez a única consideração de que queria jogadores de ponta, mais experientes, para equilibrarem um elenco que não deu certo em 2013. Pelo grau de dificuldade imposto, o técnico não condena os dirigentes por terem contratado poucas peças.

A reconstrução são-paulina passa também pela parte disciplinas. Foram várias as vezes que Muricy Ramalho falou sobre comprometimento e disposição para trabalhar. Deu o recado a jogadores que terminaram 2013 em baixa. Alguns, como Osvaldo, parecem ter entendido. O atacante voltou jogando em nível que não exibia desde o primeiro semestre do ano passado. Na goleada por 6 a 3 sobre o Rio Claro, quarta-feira, Osvaldo só não foi o melhor em campo porque Luis Fabiano marcou três gols. Jadson, por outro lado, decaiu ainda mais. Iniciou a pré-temporada fora de forma e abaixo do nível dos companheiros. Depois de não ser relacionado para as quatro primeiras rodadas do Paulistão, deve ficar no banco de reservas neste domingo. Paulo Henrique Ganso sentiu dores no joelho durante a semana, mas treinou no sábado e vai para o jogo.

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