Sem Ganso e Calleri, São Paulo pós-Libertadores pode perder 52% dos gols

O São Paulo que se vislumbra para o cenário pós-Copa Libertadores já tem como certa a saída de Jonathan Calleri e como provável a venda de Paulo Henrique Ganso ao Sevilla, da Espanha. Protagonistas da equipe no primeiro semestre, o artilheiro e o camisa 10 são, juntos, responsáveis por marcar 22 dos 50 gols da equipe na temporada e de dar outras quatro assistências que resultaram em gols de outros companheiros: participação em 52% das ocasiões em que o time balançou as redes.

Calleri é o artilheiro do time no ano com 15 gols, e Ganso é o vice-artilheiro com sete gols. A concentração é tão intensa na dupla que atrás deles no ranking de goleadores do time em 2016 estão Michel Bastos, com cinco gols, e o zagueiro Maicon e o atacante Rogério – este já desligado do clube – ambos com três. Além dos gols convertidos, Calleri é autor de duas assistências para o próprio Ganso, enquanto o meia tem sete assistências, sendo três para o argentino.

O que neste primeiro semestre representou mais da metade do poder ofensivo do São Paulo se torna um possível problema para o resto da temporada e principalmente para o Brasileirão. Calleri tem contrato apenas até o dia 31 de julho e não fica no São Paulo – está emprestado pelo Deportivo Maldonado, do Uruguai, clube no qual foi registrado depois de ter sido comprado do Boca Junior para ser repassado a outro clube.

Já Ganso tem contrato até setembro de 2017, mas recebeu proposta de 8 milhões de euros (R$ 29 milhões) do Sevilla e pediu ao presidente Carlos Augusto de Barros e Silva para que seja negociado. O São Paulo não aceita a oferta, considera o valor baixo porque detém apenas 32% dos direitos econômicos do meia, mas já aceitou que o atleta quer seguir um sonho profissional e está disposto a negociar por um montante mais alto.

A falta de gols que a saída da dupla pode representar também é problema porque hoje o São Paulo não tem substitutos à altura. No caso de Ganso, não tem nem um substituto que exerça a mesma função em campo. O único outro meia armador do elenco é o jovem Lucas Fernandes, 18, que sofreu grave lesão no joelho e só deverá voltar a jogar em 2017. Daniel, outro meia, destacou-se mais atuando pelas pontas do que pelo centro de campo.

Se não houver reforços, o substituto de Calleri será Alan Kardec, que vive fase complicada frente à baliza. Marcou apenas dois gols em 2016, em 33 jogos, mesmo número do zagueiro Diego Lugano. Para o lugar de Ganso, o substituto deverá ser o peruano Christian Cueva pelo que tem indicado o técnico Edgardo Bauza. O último reforço do São Paulo é atacante, mas tem sido escalado no espaço em que Ganso joga, apesar de não ser um armador. Perde em criação, mas ganha em velocidade.

Neste domingo, o São Paulo enfrenta o América-MG pelo Brasileirão, no domingo, às 16h. Para a partida, Bauza deverá mudar oito peças em relação à equipe que perdeu para o Atlético Nacional, da Colômbia, na quarta-feira, e entrar em campo com: Denis; Caramelo, Maicon, Lyanco e Carlinhos; Wesley e Hudson; Luiz Araújo, Cueva e Centurión; Alan Kardec.

 

Fonte: Uol

4 comentários em “Sem Ganso e Calleri, São Paulo pós-Libertadores pode perder 52% dos gols

  1. Tiveram mais de 40 dias pra trazer reforços pontuais e ai sim termos chances reais de titulo ,mais nao preferiu economizar e agora vao perder muito mais com a saida da equipe da Liber ,fora o nervoso q nos faz passar a um bom tempo ja.
    O que esperar dessa velharada ultrapassada tbm né,precisamos de gente nova com mais coragem de investir e ideias modernas ,só assim o SP vai voltar aos títulos novamente.

  2. Eu acho ótimo!
    Tá aí a chance da diretoria “quebrar tudo” e começar do zero. Já que não vai ter grana para comprar jogadores de nome (como, infelizmente, a grande maioria dos torcedores querem), melhor aproveitar alguns poucos do elenco principal e fazer como o Santos vem fazendo: promover (por necessidade) jogadores de sua base e formar um time jovem para que, daqui a um ano ou dois, possamos ter um time que seja capaz de representar nossa camisa. Ah; outra coisa: aproveitar e promover, também, o técnico Jardine e dar sustentação a seu trabalho visando aqueles prazos.
    Talvez saia daí o verdadeiro Jason, tão celebrado pelos torcedores…

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