São Paulo tenta entender por que o futebol de Cueva não rende o esperado

Em meio a um momento – mais um – crítico no ano e no Campeonato Brasileiro, o São Paulo recebe o Flamengo e tenta resolver mais um enigma: por que o futebol de Cueva tem decaído?
O peruano foi contratado em junho, durante a Copa América-2016. Veio para ser um parceiro de Ganso na armação de jogadas. E aí, o primeiro problema: Ganso saiu.
Michel Bastos, então. Aberto na esquerda e Cueva no meio. Uma boa dupla na armação, por alguns jogos. Só alguns, porque a torcida do São Paulo, baseada na truculência e na impunidade, invadiu o CT e decidiu que Bastos não deveria atuar mais como titular.
Cueva passou então a ser a única referência na armação. E fez, por um tempo, muito bem  papel de “quebrar as linhas” adversárias. Um toque, uma cavada, sempre com velocidade e de primeira, de uma forma ou outra, criou jogadas de gol. Que o ataque não concretizou.
Nos últimos jogos, Cueva decaiu. Foi substituído durante a partida. Há algumas teses entre a comissão técnica do São Paulo. Elas não são excludentes.
A primeira explicação é a falta de um parceiro para dialogar. Como único homem na armação, Cueva acaba prendendo muito a bola, à espera de um espaço para o lançamento. Assim, é marcado duramente e acaba perdendo a bola.
Nos últimos jogos, foi o responsável por alguns contra-ataques do rival. Prende a bola, perde e não consegue recompor.
A falta de capacidade de recomposição tem sido apontada como outro defeito de Cueva. E aí, há quem ache um exagero de Ricardo Gomes exigir do peruano uma ajuda na marcação. Isso deveria caber aos jogadores do lado de campo – Kelvin e Carlinhos – e não a Cueva. No meio, tendo que voltar, não consegue ajudar.
Outro prognóstico – em off – é que Cuenca veio do futebol mexicano, onde há mais espaço para  jogar. Aqui, não tem sabido escapar da marcação dura. E, em consequência, a confiança caiu.
Para que Cueva melhore, Ricardo Gomes aposta em um novo parceiro. Pode ser Jean Carlos, que ainda não estreou, pode ser Michel Bastos, também em baixa, ou pode ser Wellington, volante que voltou a fazer parte do elenco após dois anos em que se contundiu, foi pego no antidoping e saiu do Inter sem deixar saudades. “Eu conheço o Wellington desde 2009 e sei que ele tem muita capacidade para levar a bola da defesa até o armador. É um bom reforço”, diz Ricardo Gomes.
Jean Carlos, as novas opções, podem ter chance hoje, contra o Flamengo. Michel Bastos, não. A Independente não deixa.
FICHA TÉCNICA
SÃO PAULO X FLAMENGO
Competição: Campeonato Brasileiro (28ª rodada)
Local: Morumbi, em São paulo (SP)
Data: 1º de outubro de 2016, sábado
Horário: 16h (de Brasília)
Árbitro: Sandro Meira Ricci (SC)
Assistentes: Nadine Schramm Camara Bastos e Helton Nunes (ambos de SC)
SÃO PAULO: Denis; Bruno, Maicon, Rodrigo Caio e Mena; Hudson, Thiago Mendes, Kelvin, Cueva e Carlinhos; Chavez. Técnico: Ricardo Gomes
FLAMENGO: Alex Muralha, Rodinei, Réver, Rafael Vaz e Jorge; Márcio Araújo, Arão e Diego; Gabriel, Everton e Guerrero (Damião). Técnico: Zé Ricardo
Fonte: Uol

5 comentários em “São Paulo tenta entender por que o futebol de Cueva não rende o esperado

  1. A moçada dos comentários anteriores está coberta de razão: falta treinador que saiba armar um bom time para que as individualidades apareçam. Não é só o Cuevas; o Chavez também está decaindo por falta das bolas chegarem na área adversária em condições de arremates. Este ano não foram felizes nas contratações dos treinadores: só retranqueiro e, ainda assim, retranca tomadora de gols…

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