São Paulo muda discurso, ‘esquece’ reformulação e admite enxugar elenco

A diretoria do São Paulo passou parte do segundo semestre de 2013 lamentando e admitindo erros de planejamento que fizeram com que o time fracassasse na Copa Libertadores e brigasse contra o rebaixamento no Brasileirão. O presidente Juvenal Juvêncio chegou a dizer que faria “grande reformulação” na equipe para evitar novos sustos em 2014, e falou em grande número de reforços. A diretoria, no entanto, virou o ano com apenas um reforço contratado, e agora muda o discurso frente aos obstáculos encontrados para contratar.

A quatro meses do fim de seu terceiro e último mandato – são oito anos em três mandatos – Juvenal Juvêncio fala em outro tom depois de não conseguir reforçar a equipe como planejava. O presidente continua dizendo que tenta e tentará contratar jogadores para que o time comece 2014 com mais opções. No entanto, fala em outro tom e contesta a necessidade de reforçar a equipe.

“O Torcedor precisa ficar esperançoso que eu tenha juízo. A torcida embute na cabeça que é preciso comprar na janela de meio do ano e em janeiro. Por que de vez em quando não se pode só vender? Aí a gente compra e dizem que comprou mal. Comprei Lúcio, Jadson, Ganso, Osvaldo e Luis Fabiano…”, disse Juvenal Juvêncio, em entrevista à Rádio Transamérica, na última semana.

Há pouco mais de três meses, no entanto, o discurso de Juvenal era outro. O presidente falava até o início de novembro em contratar peças de impacto para o time titular. “Mais barato, não. Tem que ser de categoria. Mas os preços são conveniências contratuais. Você pode trazer o jogador sem despesas vultosas. Não vamos gastar alto, mas vamos trazer jogadores de ponta. Jogadores que venham para jogar, que estejam prontos, que sejam experientes. Serão algumas contratações para formar um time, mas pontuais”, disse Juvenal, ao UOL Esporte.

A mudança de discurso se justifica no insucesso do São Paulo no mercado de transferências. O clube não tentou tantos alvos, e ouviu resposta negativa de todos os poucos que tentou. São os casos do meia Marlone e do atacante Marcelo, por exemplo. O primeiro já tinha negócio encaminhado, do Vasco para o Cruzeiro, quando foi procurado pelo São Paulo. O outro tem alto valor e não troca o Atlético-PR pelo Morumbi pela má relação do São Paulo com Mario Celso Petraglia, presidente atleticano.

O volante Jucilei e o atacante Eduardo Vargas também exemplificam outros obstáculos enfrentados pela diretoria são-paulina. O ex-corintiano ainda não conseguiu liberação do Anzhi Makhachkala e arrasta há pelo menos dois meses a resposta ao São Paulo, que se reapresentou para a temporada de 2014 sem novidades. O chileno, do Napoli, deve preterir o São Paulo pela segunda vez em um ano, desta vez pelo Santos.

Para piorar, enquanto as solução não chegam, as carências aumentam. O São Paulo não conseguiu prolongar o empréstimo de Welliton e aceitou vender Aloísio ao Shandong Luneng, da China. O setor ofensivo, que já era o maior problema a ser corrigido durante a janela de transferências, começa o ano esfacelado. Osvaldo, Ademilson e Luis Fabiano são as alternativas do setor, que receberá a reintegração do argentino Marcelo Cañete por falta de opções. O lateral direito Luis Ricardo é o único contratado até o momento.

 

Fonte: Uol

2 comentários em “São Paulo muda discurso, ‘esquece’ reformulação e admite enxugar elenco

  1. Esse elenco já era uma porcaria, sem jogadores pra revezar no ano, será pior. Ele quer rebaixar ferrar com o time antes de sair, pra deixar seu sucessor com um possível rebaixamento. Pior que seus asseclas aceitam tudo calados. “Sim senhor”.

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