São Paulo joga mal e é goleado em Recife

Atuar nos Aflitos é o grande trunfo do Náutico para se manter na elite do Campeonato Brasileiro. E na noite desta quarta-feira, o Timbu alcançou 66,6% de aproveitamento diante do seu torcedor ao golear o São Paulo, por 3 a 0, em duelo válido pela 17ª rodada da competição, e impôr a terceira derrota seguida ao Tricolor paulista.

Kieza, Araújo e Rogério Ceni (contra) marcaram os gols do Timbu, que triunfou pela quinta vez nos Aflitos neste Brasileirão. A equipe pernambucana ainda soma um empate e apenas duas derrotas em sua casa.

 

Com o resultado, o Náutico passou a somar 20 pontos, se afastou consideravelmente da zona do rebaixamento do Brasileirão e segue em 13º. Já o São Paulo, em queda livre, permanece com 25 e na 7ª posição.

O triunfo desta noite foi apenas o quarto do Náutico diante do São Paulo em jogos válidos pela Série A do Campeonato Brasileiro. O Tricolor paulista soma dez vitórias e ainda aconteceram quatro igualdades nos 18 duelos entre as duas equipes.

PRÓXIMOS JOGOS

O Náutico volta a atuar no Campeonato Brasileiro no sábado, quando receberá o Bahia, novamente nos Aflitos, às 18h30. Já o São Paulo, no Morumbi, encara a Ponte Preta, no mesmo dia, às 21h.

O JOGO

O São Paulo proporcionou ao seu torcedor a falsa impressão de que dominaria as ações nos Aflitos logo nos primeiros minutos, ao ignorar o fato de o Náutico ser o mandante do jogo. No entanto, tudo não passou de um ledo engano. Abusando da velocidade de Rhayner, Kieza e Araújo, os comandados de Alexandre Gallo tomaram conta do jogo e só não marcaram aos seis minutos, pois Araújo desperdiçou o rebote da sua própria finalização.

Aos dez minutos, Ney Franco, insatisfeito com os espaços proporcionados por João Filipe – que já havia recebido cartão amarelo – sacou o zagueiro e promoveu a entrada de Casemiro. O 3-5-2 foi desfeito, mas a alteração não surtiu o efeito desejado. Os espaços continuaram e o Náutico abriu o placar aos 12, após Rafael Toloi cortar a trajetória da bola com a mão esquerda. Pênalti que Kieza não desperdiçou.

Após o gol sofrido, o São Paulo passou a valorizar a posse de bola – teve 55% contra 45% do Náutico na primeira etapa – na tentativa de vencer a boa marcação da equipe pernambucana. No entanto, o Tricolor paulista só levou certo perigo ao gol de Gideão na bola parada. Foram diversos escanteios e nenhum foi bem aproveitado.

EFICIÊNCIA PERNAMBUCANA

O Náutico, por sua vez, não mudou de tática e foi feliz novamente aos 28 minutos. Araújo iniciou a jogada com preciso lançamento, Rhayner não tomou conhecimento da marcação de Douglas e finalizou para a defesa de Ceni, que concedeu novo rebote. Desta vez Araújo não desperdiçou e ampliou para o Timbu. Era o gol da justiça para o time que foi mais efetivo no primeiro tempo.

Refém da bola parada, o São Paulo quase diminuiu com Rogério Ceni aos 42 minutos, em cobrança de falta, naquele que foi o melhor lance da equipe paulista na primeira etapa.

SEGUNDO TEMPO

Sem alterações para a etapa final, o São Paulo bem que tentou mudar o panorama visto no primeiro tempo e, mais incisivo, até pressinou o Náutico no início da etapa final. No entanto, foi o Náutico que levou perigo pela primeira vez. Rhayner, usando a abusando da sua velocidade, limpou a marcação de três, mas se empolgou e finalizou muito mal quando poderia ter servido Kieza ou Araújo.

QUANDO A FASE NÃO É BOA….

Sem conseguir transpor a marcação do Náutico, o Tricolor ainda sofreu um duro golpe quando tinha como objetivo diminuir o seu prejuízo. Após cobrança de escanteio de Souza, Rogério Ceni tentou afastar a bola com um soco, mas a redonda quicou na pequena área e entrou no gol do camisa 1. Falha de quem menos se espera e Náutico 3 a 0, aos 16 minutos.

Ney Franco fez o que pôde e promoveu a entrada de Willian José para a saída de Jadson, que pouco havia feito até então. Cícero foi recuado para ser o armador, mas nem isso foi capaz de transformar uma equipe que não teve a qualidade e a tranquilidade necessárias para levar perigo ao gol de Giedão no segundo tempo.

Willian José e Ademílson, em jogadas individuais, até levaram perigo ao gol de Gideão, mas a noite realmente não era do Tricolor paulista, que chegou ao terceiro réves seguido no Brasileirão. Já o Náutico provou, mais uma vez, a sua força atuando diante do seu torcedor.

FICHA TÉCNICA
NÁUTICO 3 X 0 SÃO PAULO

Local: Aflitos, Recife (PE)
Data/hora: 15/8/2012 – 21h50 (de Brasília)
Árbitro: José de Caldas Souza (TO)
Auxiliares: Carlos Emanuel Manzolillo (TO) e Lúcio da Silva de Mattos (PA)
Renda/Público: Não divulgada/ 14.022 (total)
Cartões amarelos: Kieza, Ronaldo Alves, Souza e Martinez (NAU); João Filipe, Douglas e Rhodolfo (SPO)
Cartões vermelhos: Não houve.

Gols: Kieza, 12’/1°T(1-0); Araújo, 28’/1ºT(2-0) e Rogério Ceni (contra), 16’/2ºT(3-0).

NÁUTICO: Gideão, Patric, Marlon, Ronaldo Alves e Douglas Santos (Lúcio, 28’/2ºT); Elicarlos (Ramirez, 7’/2ºT), Martinez, Souza e Rhayner; Araújo e Kieza – Técnico: Alexandre Gallo.

SÃO PAULO: Rogério Ceni, João Filipe (Casemiro, 10’/1ºT), Rafael Toloi e Rhodolfo; Douglas (Paulo Assunção, 11’/2ºT), Denilson, Maicon, Jadson  (Willian José, 20’/2ºT) e Cortez; Ademilson e Cícero – Técnico: Ney Franco.

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