São Paulo arrasta definição por Lúcio para 2014, e zagueiro quer pressa

A diretoria do São Paulo não se reuniu com o zagueiro Lúcio, de 35 anos, para negociar sua rescisão de contrato neste fim de ano, como afirmou que planejava. Segundo o estafe do jogador, não houve procura dos dirigentes, e o assunto só deverá ser solucionado a partir do início de 2014, após as festas de fim de ano. Com contrato até o fim da próxima temporada, o jogador agora tem pressa para resolver a situação, para que possa jogar em outro clube em 2014.

Lúcio não quer passar os primeiros meses do próximo ano negociando sua saída do São Paulo. Para que rescinda seu contrato neste momento, o São Paulo teria de pagar indenização equivalente aos salários acumulados até o fim do vínculo – segundo a diretoria do clube, o contrato prevê que a diretoria pague apenas metade dos vencimentos.

Afastado desde julho, pelo ex-técnico Paulo Autuori, e longe do São Paulo desde outubro, quando pediu uma licença para parar de treinar em horários alternados no CT da Barra Funda, Lúcio não pretendia deixar a capital paulista. O jogador pensa que se adaptou bem com a família à cidade, após 12 anos na Europa – passou por Bayer Leverkusen e Bayern de Munique, na Alemanha, e por Inter de Milão e Juventus, na Itália – voltou ao Brasil e conseguiu matricular os filhos em escola que aceitou inseri-los em série equivalente ao ensinamento que tiveram ao passar por diferentes locais da Europa.

Atualmente, Lúcio vive em Alphaville, em Barueri, próximo a São Paulo, e é vizinho de outros jogadores do elenco tricolor. Ele tem treinado por conta própria em uma academia da região, para manter a forma física, e aguarda a definição com o clube com o qual tem contrato para sair. Quando está em Brasília, próximo à Planaltina, sua cidade natal, ele treina em casa, em local que montou.

O zagueiro foi oferecido ao Palmeiras, segundo a diretoria do São Paulo, por seus representantes – que negam a informação. A negociação, por enquanto, não evoluiu.

Há menos de duas semanas, em entrevista à TV Globo, Lúcio disse se sentir em uma ditadura no São Paulo.  “É uma sensação horrível. Horrível e de discriminação. Você está querendo fazer o melhor e ser profissional. Não cheguei nenhum dia atraso, não faltei a treinamento. É uma sensação de ditadura você ter de passar por aquilo por capricho de alguém”, disse o zagueiro, na ocasião.

Principal contratação do São Paulo para 2013, Lúcio oscilou entre bons e maus momentos na equipe, ainda sob o comando de Ney Franco, e acabou afastado por Paulo Autuori sob alegação de indisciplina e má influência para o grupo de jogadores. No São Paulo, dirigentes afirmaram que o jogador teria também desagradado à comissão técnica ao levar um preparador físico particular para o treino, algo que o atleta nega. “Eu me sentia humilhado e não compreendia o porquê daquilo. Meu deus, o que fiz de tão errado para merecer isto? Em certos momentos eu tive de ser mais forte pela minha família. Já chorei com a minha esposa. Chorar faz bem”, disse o zagueiro, na mesma entrevista.

 

Fonte: Uol

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