São-paulinos se dizem unidos e tentam blindar vestiário contra crise

O ambiente entre os jogadores do São Paulo não será afetado pela crise que o time atravessa – em campo e com a torcida. Quem assegura é o próprio elenco treinado por Muricy Ramalho, técnico que divide opiniões não apenas na arquibancada, mas também entre os membros da diretoria do clube.

“Desde o ano passado, o time se mostrou bastante unido. Por mais que o Kaká tenha saído, e era líder tanto dentro quanto fora, isso não mudou. O bom relacionamento só melhorou com o tempo. Nosso grupo é muito receptivo. Problemas de vaidade e relacionamento, aqui dentro, não têm”, disse o volante Hudson, que entrou no segundo tempo da partida contra o São Bento e sofreu o pênalti que garantiu a vitória por 1 a 0.

Antes e até mesmo depois do gol marcado por Rogério Ceni, na segunda etapa, a maior uniformizada são-paulina protestou contra a equipe. Ao final do jogo, Muricy Ramalho estranhou a atitude da torcida – que tem boa relação com o presidente do clube, Carlos Miguel Aidar – e voltou a dar a entender que a diretoria tem agido contra ele nos bastidores. Depois de mais uma entrevista sobre o assunto, o mandatário divulgou nota oficial nesta sexta-feira para garantir o treinador no cargo até o final de seu contrato.

“Fiquei sabendo pela Internet”, falou Hudson, quando questionado se havia tomado conhecimento do texto, no qual Aidar jurou que dará a Muricy, inclusive, a oportunidade de renovar seu vínculo no final do ano. “Mas esses assuntos políticos, de fora, praticamente não entram no vestiário. A gente pouco fala, mas a gente fica feliz por eles estarem em sintonia. Futebol é um todo. Com as coisas caminhando para o mesmo lado, é melhor”.

É a segunda vez que o dirigente tenta passar publicamente a imagem de apoio ao chefe do elenco. No final do mês passado, Aidar foi até o CT da Barra Funda e conversou com Muricy diante das câmeras por menos de um minuto, às vésperas da partida contra o Danubio, pela segunda rodada da Copa Libertadores. A goleada sobre os uruguaios trouxe sossego momentâneo, até a segunda derrota para o Corinthians, esta pelo Campeonato Paulista, no domingo passado.

O revés no clássico pelo Estadual fez com que a pressão voltasse. Na quinta-feira, a principal uniformizada entoou cânticos até irônicos durante toda a etapa final. Havia possibilidade, ainda, que os torcedores protestem na frente do CT, neste sábado. “Acredito que a insatisfação da torcida é pelas derrotas no clássico, que têm peso maior. A gente não gostaria de ter perdido, mas estamos com chances de classificação nos dois campeonatos”, comentou Hudson. “Nossa função é melhorar, procurar corrigir os erros, para não voltar a cometer os erros”.

 

Fonte: Gazeta  Esportiva

3 comentários em “São-paulinos se dizem unidos e tentam blindar vestiário contra crise

  1. O Aidar tinha que demonstrar apoio ao Murici com atos, como está fazendo somente por comunicados nos dá a impressão que alguém está mentindo.

  2. Esse Aidar está mais perdido do que cachorro que caiu da mudança!
    É a nossa Dilma tricolor: quanto mais faz, faz pior; quanto mais fala mais diminui sua, já pouca, credibilidade. Era melhor dar um tempo, “submergir” para deixar a poeira abaixar…

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