Saiba os bastidores do primeiro mês de Rivaldo no São Paulo

Neste sábado, Rivaldo completa um mês da estreia pelo São Paulo. LANCENET! inicia uma série contando algumas histórias do craque, homem, pai, companheiro e agente. Conheça mais do camisa 10 tricolor, que quer brilhar no clássico contra o Palmeiras, domingo, no Morumbi:

Lucas segue os passos do craque
Lucas tem 18 anos. Rivaldo, 38. Desde que o camisa 10 chegou ao São Paulo, o garoto, quando tem alguma dúvida, já sabe para quem perguntar. Rivaldo é uma espécie de mentor da revelação tricolor.

A diretoria, que apostou em Rivaldo por sua experiência, gostou de saber que, também fora de campo, o veterano tem ajudado os garotos. Uma das intenções quando ele foi contratado era justamente essa. O que a cúpula não sabia é que a identificação seria tão grande entre eles.

Até para dar entrevista coletiva ou fazer alguma matéria exclusiva com veículos de comunicação, Lucas pede conselhos ao novo amigo. Antes da chegada de Rivaldo, Rogério Ceni era outro, que ainda continua, responsável pelas dicas.

Lucas quer saber como é jogar na Europa, Seleção Brasileira, pergunta sobre os craques que foram companheiros durante a carreira do “professor” e até tirou dúvidas quando renovou contrato, o que aconteceu na semana passada.

Em campo, Lucas tenta aproveitar as dicas de Rivaldo. Pergunta sobre fundamentos e posicionamento. O camisa 10 demonstra paciência com o garoto e gosta de ajudá-lo. Outros jovens também fazem o mesmo, mas nenhum recebe tanta atenção quanto o camisa 7, o mais querido. A relação entre eles só está começando. O primeiro jogo deles juntos deve ser domingo, contra o Palmeiras.

Entrevista? Só com aprovação
Em sua primeira entrevista para o site oficial do São Paulo, Rivaldo demonstrou o quanto é desconfiado. O repórter ligou para o jogador pouco depois de ele ser oficializado como reforço. O meia-atacante, com educação, disse que tinha sido instruído a não atender ninguém: “Como vou saber se você não é de outro veículo? Não é maldade minha, mas sabe como é, né, tem gente que faz isso por aí”, questionou o camisa 10.

Pouco depois, Rivaldo entrou em contato com Milton Cruz para saber se poderia dar a entrevista e citou o nome do repórter. O auxiliar técnico disse que não teria problema e a reportagem foi ao ar. De prontidão, quando atendeu ao telefone, ele pediu desculpas antes das respostas.

O LANCENET! também tentou contato. Na época, Rivaldo disse que tinha sido instruído a não falar com ninguém. Com outros veículos o meia-atacante teve a mesma postura.

Família sempre presente
Rivaldo está sempre acompanhado da família. No dia da sua apresentação, ficou em uma das mesas do refeitório com a esposa, filhos, entre outros familiares. Nos jogos o fato também se repete, tanto que na estreia até posou em foto para o site oficial com os filhos no vestiário.

O jogador é um pai presente, que se preocupa com o futuro dos garotos e sempre dá conselhos. Um deles segue os passos do pai e está nas categorias de base do Mogi Mirim.

Rivaldinho pensou até em ir para o São Paulo, depois que o pai mudou de clube. Mas o garoto e Rivaldo decidiram que seria, ao menos por enquanto, melhor ele seguir no interior. O camisa 10 acredita no potencial do filho, mas faz questão de deixá-lo à vontade para continuar a carreira ou procurar outra profissão.

Telefonema no dia certo garantiu Edson Ramos
Rivaldo indicou Edson Ramos, ainda Edson Ratinho. O fato não é novidade, já que o lateral e também o meia-atacante confirmaram a relação de amizade entre eles.

Dois dias depois de ser oficialmente apresentado, o camisa 10 ligou para Milton Cruz. Ele pediu para que o auxiliar técnico observasse Edson, que voltaria a ser titular contra o Real Madrid (ESP), pelo Mallorca (ESP). Segundo a imprensa espanhola, e até mesmo o jogador, foi uma das melhores partidas dele desde que se transferiu. O fato despertou interesse da comissão técnica, que indicou o lateral para diretoria, e firmou-se contrato.

Além de Edson, Rivaldo disse para Milton Cruz observar outro jogador, mas esse não agradou. A indicação do jogador foi feita no dia certo. Se fosse em outro, o reforço poderia não ter sido aprovado.

Pontualidade e parceria com Cleber Santana
No dia da sua apresentação, em 21 de janeiro, Rivaldo foi o primeiro a chegar ao CT da Barra Funda. Por volta das 7h, já estava no local. A delegação teria de chegar em Cotia às 9h. Depois da atividade, aconteceu a apresentação oficial, com Juvenal Juvêncio presente no evento.

Rivaldo tomou café da manhã e já conheceu algumas pessoas e outras dependência do CT. No ônibus, o camisa 10 dividiu o banco com Cleber Santana na ida e na volta. O camisa 8 é até hoje um dos melhores amigos do meia-atacante no grupo.

Em seu 11 clube da carreira, Rivaldo confessou a pessoas próximas que sentiu forte emoção. Ele não esperava ter outra chance como essa.

Dedicação e direitos iguais
Sempre reservado, Rivaldo, desde que começou a treinar no CT da Barra Funda, faz questionamentos sobre tudo. Segundo um membro da comissão técnica, o camisa 10 pergunta o que precisa fazer e demonstra interesse em poder melhorar. Ele não faz nada sem a aprovação dos profissionais do clube.

Com sua simplicidade, por exemplo, Rivaldo pergunta o que é bom comer, se a carga de trabalho está boa, se precisa aumentar o treinamento, se o quanto fez de atividade já está bom, entre outras coisas.

Rivaldo é dedicado ao trabalho. Ele dificilmente deixa de fazer algo com o grupo e exige receber um tratamento igual ao de todos, com apenas algumas variações.

Presidência sempre pesou
Apesar de, em sua apresentação, dizer que não via problema em ser presidente do Mogi Mirim e jogador do São Paulo, Rivaldo, desde que acertou com o Tricolor, começou a pensar sobre o assunto. Publicamente se disse tranquilo, mas desde o início pensava na possibilidade de deixar o cargo. Foi o que aconteceu.

A diretoria tricolor era contrária a permanência de Rivaldo como presidente. A cúpula sabia que o fato, futuramente, poderia gerar problema.

O camisa 10 está antenado no que acontece pelo interior. Ele pediu Henrique ao Sampa, que, por enquanto, não aceitou emprestá-lo. Outros nomes estão sendo observados. Além disso, Rivaldo pede dicas para Milton Cruz ajudá-lo contratar.

Do Lance

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