Raí admite que negociação com Militão está no fim

A negociação para renovar o contrato do zagueiro Eder Militão está no fim. E não deverá ter final feliz para o São Paulo. Apesar de admitir que ainda há proposta a fazer, o diretor de futebol do Tricolor, Raí, afirmou nesta terça-feira que o São Paulo praticamento chegou ao seu limite e dificilmente poderá fazer algo melhor.

A última proposta feita ao zagueiro foi de R$ 15 milhões por três anos de contrato, o que daria mais de R$ 400 mil reais por mês. Os agentes de Militão não responderam a proposta até este momento.

Sobre a recusa do Atlético-PR à proposta feita pelo São Paulo por Marcos Guilherme, de R$ 8,6 milhões, Raí disse que esse também é o limite. Não dá para oferecer mais. Ainda aguarda nova comunicação dos paranaenses para ver que atitude tomar, mas afirmou que Marcos Guilherme tem contrato até final de junho e ficará à disposição de Diego Aguirre em todos os jogos.

De acordo com Raí, durante a Copa do Mundo, quando estará aberto a janela internacional de transferências, o São Paulo deverá perder jogadores. Ele garantiu, no entanto, que não voltará a acontecer o “desmanche” do ano passado, e que um ou outro jogador que sair, não vai prejudicar o time, nem o elenco.

Apesar de negar que Cueva esteja fora do São Paulo, Raí disse que qualquer jogador que vai a uma seleção nacional acaba virando foco, principalmente quando está disputando a Copa do Mundo. Sobre o comportamento do peruano, Raí disse que houve apenas aquele problema no início do ano, quando do atraso na reapresentação.

Perguntei a ele se chegaria alguém, já que estão sendo previstas saídas. Ele disse que não chegará ninguém. O técnico Diego Aguirre quer reduzir o elenco dos atuais 37 para 30 jogadores. Alguns jovens serão emprestados para ganhar experiência, outros serão negociados. Ele também não descartou a venda de jogadores mais velhos, sem se referir, nesse caso, a Rodrigo Caio ou a outro atleta nominalmente.

Raí também afirmou que está estreitando a ligação com Cotia. Durante a inter-temporada o time ficará uma semana treinando com os jogadores da base. Isso vai ser intensificado a partir de agora, assim como alguns jogadores da base virão cada vez em maior número treinar na Barra Funda. O diretor de Futebol entende que o time já tem muitos jogadores experientes. Agora o negócio é subir jogadores da base para completar o elenco numa eventual necessidade.

Nesse campo perguntei a ele os cuidados que estão sendo tomados para não se repetirem fatos como os de Marquinhos Cipriano e Eder Militão. Raí disse que essa é uma questão muito difícil. Que tem trabalhado incansavelmente no caso Militão, que já conseguiu prorrogar os contratos de Lucas Perri, Helinho e Liziero, mas que nem sempre as coisas saem da maneira como se espera. Nessa questão o presidente Leco participou da resposta. Disse que são pessoalidades, você tem que ter uma antevisão e sempre correr o risco de dar certo ou errado. De acordo com Leco, você pode correr o risco de perder um grande jogador, mas ao fazer contratos com todos que subirão de Cotia corre o risco de ficar cinco anos preso a jogadores que, eventualmente, “não vão virar”, e inflacionar a folha de pagamento do clube. Leco também disse que é impossível pensar que todos os jogadores formados em Cotia terão que ser aproveitados no profissional, acrescentando: “Não há espaço. E o São Paulo também prepara jogadores para o mercado”.

Sobre as negociações com Hernanes e Calleri ninguém quis comentar e os dirigentes trataram como algo muito distante. Mas até onde apurei com fontes, as conversas existem, porém barram em dois fatores:

Calleri: quer voltar para o São Paulo, mas seus empresários, que desembolsaram mais de US$ 15 milhões com a compra de seu passe, entendem que tirá-lo da Europa e trazê-lo de volta à América do Sul significa regredir na carreira. Por isso vão tentar até o último dia da janela negociá-lo com outro time europeu. Só depois, se nada for feito, admitiriam negociar com o São Paulo;

Hernanes: o São Paulo teria condição, hoje, de pagar a multa contratual do jogador com o time chinês. E está disposto a isso. Mas Hernanes ganha R$ 2,5 milhões mensais na China e não demonstrou tanto interesse em reduzir drasticamente seus ganhos para auferir R$ 500 mil por mês no São Paulo. Durante os seis meses em que ele aqui estava, os chineses pagaram 80% de seus salários.

Então, baseado na informação que dei há alguns dias, as conversas de bastidores existem, mas essas barreiras podem ser os impeditivos dos negócios se concretizarem.

 

Paulo Pontes

15 comentários em “Raí admite que negociação com Militão está no fim

  1. Raí vou te ajudar chama o Militão em uma reunião e pergunta o que ele quer, se não quiser ficar, não adianta fazer proposta, em não querendo ficar quer ser vendido? quer sair de graça no fim do contrato?
    Pra que essa novela, quer ajuda paga minha passagem que te ajudo aí…

  2. Fico abismado ao ler que o São Paulo já ofereceu quase R$ 10 milhões no Marcos Guilherme. Que coisa de doido…
    Se o São Paulo quer Hernanes e Calleri, não é hora de gastar tudo isso com Marcos Guilherme. Se fosse para renovar empréstimo até faria sentido em o jogador ficar. Mas gastar tudo com um jogador que, com certeza, temos igual ou melhor na base não faz sentido algum.

  3. Tempos de vacas magras,
    e
    a boleraiada super valorizada nao jogando nada.
    Vide precos pagos a soza, jean, everton e o preco do guilherme.
    Mercadorias super valorizadas e retorno incerto ainda gerando criticas
    a quem os contratou.
    Militao, se nao aceitar a ultima oferta o venda pela primeira,
    um jogador tipo mediano com auras de super atleta,
    nada disso.

  4. Se o Rai fosse minimamente inteligente para negociações, retiraria a oferta pelo Marcos Guilherme e acabaria com o atleta de graça, já que nenhum outro clube deverá pagar por ele o que o furacão quer e os paranaenses não o querem, também, por lá.
    Quanto ao Hernanes, gosto muito dele, como pessoa e jogador, mas já passou seu tempo; não dá para pagar multa mais 500mil/mes por ele num contrato de alguns anos. Melhor ir tentando com vários jovens do elenco até que surja algum em condições de ser o titular que o S.Paulo precisa e que possa jogar por anos.
    O Calleri, que não deu certo em nenhum outro clube, se voltar também não vai dar certo no tricolor. Vai ser mais um Lucas Prato ganhando muito e jogando nada!!!

  5. A verdade é que o Sr Confiem em mim não consegue ganhar uma negociação…

    Todos se lembram de como foi as negociações de Diego Souza e Jean … Ele foi pessoalmente para no final das contas pagar a multa…

    No caso Scarpa (aquilo foi im vexame) ele viajou para o Rio passou o tempo todo negociando e perdeu o jogador…

    Enfim todas as negociações dele acaba com o SP pagando o valor da multa…

    No caso do Militão ele ofereceu salários Absurdos para jogar pra torcida…

    Do jeito que ele negocia as coisas ficam ruins para o SP…

    • Em algumas contratações dá para criticar, mas no caso do Scarpa entendo que não dá. Ele tentou negociar de forma ética.
      Além disso não dava para competir com os valores ventilados na imprensa de 6 milhões que a SEP pagou por ele.
      Ainda mais porque o jogador também não tinha um instrumento confiável para se desvincular do Fluminense, tanto que está há 60 dias sem jogar.

  6. Infelizmente acontece. Acredito que muito disso seja pela época atual do São Paulo, não é mais aquele clube que arranca suspiros nem de quem se formou aqui.
    Acho que a diretoria até passou um pouco do ponto na tentativa de renovar, tentando dar uma satisfação prs torcida e essa intenção é boa, mas vamos evitar loucuras que não compensa.

    Sobre esse outro ponto de vista do Leco de o clube ficar preso a jogadores que não vinguem, eu concordo. É um fato que não havia passado pela cabeça.

    • Sim, lembra-se do caso Gabriel, filho do Wladimir? Saiu das categorias de base como craque, SP fez um contratão de 5 anos com salários absurdos e o cara não virou nada.

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