Postura de Alexandre Pato agrada, mas São Paulo tem ressalvas

Alexandre Pato falou na manhã desta terça-feira pela primeira vez como jogador do São Paulo e a dúvida continua: ele será no Tricolor aquele atacante que teve um início de carreira promissor ou o jogador que o Corinthians quis se livrar mesmo depois de ter pago R$ 40 milhões? Ao menos no discurso, a postura do reforço foi diferente da mostrada no ex-clube.

Motivo de piada por sempre dizer que estava tranquilo no rival, Pato não usou essa palavra nenhuma vez durante os 30 minutos de entrevista coletiva. O atacante do Tricolor disse estar muito ansioso para entrar em campo logo pelo novo clube e começar a mudar a última impressão.

No Corinthians, não faltam relatos de que o principal problema de Pato era sua cabeça. Na visão de companheiros de trabalho do dia a dia, o jogador de 24 anos parecia viver em um mundo paralelo e não se importava com vitórias ou derrotas.

– Sei aquilo que eu sinto. Na vitória, eu me sinto o mais feliz do mundo, na derrota me sinto um nada. A cada jogo tento dar meu melhor. Trabalho muito! A maioria não viu aquilo que eu fiz no meu ex-clube – respondeu o novo dono da camisa 11.

Em uma semana de treinamentos no São Paulo, ele tem deixado boa impressão. Os testes físicos agradaram, assim como a disciplina de Pato com o horário, sempre um dos primeiros jogadores a chegar ao CT.

Nas atividades, a comissão técnica detectou que ele precisa ser mais intenso e dinâmico. O atacante aparece e faz uma boa jogada, mas depois deixa o ritmo cair e demora para repetir um lance semelhante. A análise é que falta ainda uma condição física um pouco melhor e também concentração. Se não houver uma cobrança, Pato pode “desligar”.

Em um intervalo de um jogo pelo Corinthians em que estava no banco, ele chegou a fazer a seguinte pergunta para um pequeno grupo de atletas: “Quantas substituições que podem fazer mesmo?” Os colegas não acreditaram no que ouviram.

Em compensação, Pato mostrou personalidade e decidiu boa parte da estratégia em sua entrevista de ontem sozinho. Logo no início dos questionamentos contou uma história pouco conhecida para rebater críticas sobre sua falta de maturidade:

– Saí muito cedo de casa e aprendi muita coisa. Com 11 anos, deixei minha mãe chorando na rodoviária. Ele ficou me perguntando mil vezes se eu queria ir embora mesmo.

Qual será o Pato do São Paulo? A resposta começará a ser dada em 12 de março, contra o CSA, em Maceió.

Fonte: Lanc

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