Uma semana afastou a grande possibilidade de Mano Menezes ser técnico do São Paulo no ano passado. Hoje ele está no Cruzeiro, rival desta quinta-feira, pela Copa do Brasil.
Tudo aconteceu em julho…
No dia 21 daquele mês, o então treinador tricolor Edgardo Bauza avisou à diretoria que viajaria para uma reunião com o comando da AFA (Associação de Futebol Argentino). Era, basicamente, uma entrevista de emprego. O Patón era um dos candidatos a assumir a seleção de seu país, diante da dificuldade dos dirigentes em contratar nomes de maior peso.
O departamento de futebol do São Paulo não queria a saída de Bauza, por entender que interromper o trabalho do técnico, que, apesar de atuações ruins e um número excessivo de derrotas, havia chegado à semifinal da Libertadores, não teria um bom efeito no Campeonato Brasileiro.
O dilema, então, era: se adiantar à decisão da AFA e contratar um novo treinador ou apostar no insucesso da negociação da federação com Bauza, e na sua consequente permanência?
O Tricolor tentou se preparar para os dois cenários e fez contato inicial com alguns possíveis substitutos. Um deles foi Mano Menezes, que no início de junho havia deixado o Shandong Luneng, da China.
Mano era o preferido de uma ala da diretoria, embora encontrasse forte rejeição em outros focos no Morumbi, por conta de sua ligação com o Corinthians (foram duas passagens) e por um histórico de declarações mal recebidas no São Paulo, em torno da rivalidade dos clubes.
Mas o então diretor executivo Gustavo Vieira de Oliveira chegou a convencer alguns companheiros de que Mano era o mais competente e conseguiria entregar atributos que o time precisava naquele momento: equilíbrio, compactação, entre outros. O São Paulo havia perdido seus principais jogadores, Ganso e Calleri, e chegou a correr risco de rebaixamento no Campeonato Brasileiro.
Só que no dia 25 de julho, o Cruzeiro demitiu o português Paulo Bento, de resultados ruins, e abriu a porta para o retorno de Mano, que, em dezembro de 2015, havia abandonado o clube depois de apenas três meses de trabalho por conta da milionária proposta dos chineses.
Isso criou uma espécie de “dívida” e tornou a negociação da volta muito rápida. No dia 26, um dia depois, já havia o acerto entre Mano e o Cruzeiro. Na época, dirigentes do São Paulo ficaram com a impressão de que Paulo Bento só foi demitido porque a diretoria da Raposa percebeu o movimento da iminente saída de Bauza e da provável ida de Mano ao Morumbi. Foi uma antecipação de movimento para garantir o substituto que era desejado.
No São Paulo, até hoje, dizem que Mano “bateu na trave”, pois o contato inicial foi positivo.
No dia 1º de agosto, Bauza acabou oficializando sua ida para a seleção argentina, e duas semanas depois o Tricolor anunciou Ricardo Gomes para o seu lugar. No fim de novembro, ele deixaria o clube para a chegada de Rogério Ceni.
Outro entendimento comum no São Paulo é que seria mais difícil trocar Mano por Ceni. De uma certa forma, o “desacerto” de julho de 2016 colaborou para que hoje o ídolo estivesse à frente da equipe.
Fonte: Globo Esporte
Ótimo treinador, fez sempre bons trabalhos onde passou, não entendo essa rejeição idiota, talvez criada pelo traste do Juvenal que elevoua soberba do SPFC e por isso estamos pagando até hj.
Ufa… escapamos por pouco.
O Mano é um bom treinador, é certo. Mas prefiro Rogério Ceni e seu trabalho inovador.