Política, Pato e reforços: as prioridades do São Paulo após a eliminação

Uma eliminação precoce de um time grande em qualquer campeonato, principalmente contra um adversário de menor expressão, costuma acender o sinal vermelho de um reformulação. A queda do São Paulo diante do Penapolense no Paulistão não terá, porém, consequências tão drásticas: o clube hoje tem outras prioridades. Mudanças acontecerão, mas as entradas e saídas do elenco não estão no topo da lista.

Política

O dia 16 de abril marcará o fim do terceiro mandato de Juvenal Juvêncio como presidente do São Paulo. Nesta data, Carlos Miguel Aidar, pela situação, e Kalil Rocha Abdalla, pela oposição, disputarão a cadeira vaga pelo atual mandatário. Um poucos antes, no dia 5, haverá eleição dos conselheiros – que votarão no pleito presidencial. Por isso, a política será o foco mais importante no Morumbi nas próximas semanas.

Membros da diretoria admitem que, até o dia 16, as eleições deixarão o futebol em segundo plano. O discurso foi adotado pelo vice-presidente de marketing Julio Casares, nesta quinta-feira, no lançamento de seu livro. O candidato de Juvenal, Carlos Miguel Aidar, tem reiterado o discurso.

A eleição de conselheiros é tão importante quanto a presidencial, e acontecerá antes do próximo jogo do São Paulo (dia 9, diante do CSA): se a situação dá o pleito como ganho, a oposição vê equilíbrio entre os conselheiros vitalícios que apoiam os dois lados, e considera que a disputa pode ser decida pelo voto dos conselheiros eleitos. De qualquer maneira, uma vitória contundente de qualquer um dos lados nessa eleição pode ter papel importantíssimo na escolha do novo presidente.

Ciente disso, a atual cúpula são paulina não tem tido pudores em concentrar esforços na campanha, inclusive utilizando a estrutura do próprio clube. Um show da dupla Zezé di Camargo e Luciano na Morumbi no último final de semana teve a presença de Aidar e Juvenal, e a exibição de um vídeo de campanha, que terminava com a logomarca da chapa de situação. Neste sábado, acontecerá no clube uma festa temática com a cor amarela; o convite para o evento também conta com o logotipo da chapa de Aidar.

Nos próximos dias, o foco na campanha só irá aumentar, e gradativamente, tomar conta do clube, na medida em que as eleições se aproximam.

Pato

  • ANDERSON STEVENS/FUTURA PRESS/ESTADÃO CONTEÚDOAlexandre Pato faz jogada na estreia com a camisa do São Paulo contra o CSA

Enquanto isso, dentro de campo, a prioridade é encaixar Alexandre Pato na equipe. O atacante impressionou Muricy Ramalho nos treinamentos, deixou boa impressão na primeira partida pela Copa do Brasil e é parte fundamental dos planos do treinador. O comandante chegou até a lamentar sua ausência no Paulistão, e referiu-se a ele como um titular.

“Com o time completo, é um time bom, vai ser confiável. Mas infelizmente, perdemos o Souza, e o Pato não pôde jogar” disse. “É um jogador inteligente, arremata muito bem, bate duro na bola. É um trunfo para a gente, tomara que vá bem”, elogiou.

Agora, o técnico terá 12 dias para encaixar o principal reforço são paulino da temporada na equipe. O mais cotado para deixar o time é Dorlán Pabón – o colombiano não foi bem e acabou substituído na segunda etapa contra o Penapolense. Caso seja mantido, outro que pode perder a vaga é Ganso.

“Agora, o Pato vai treinar todo dia com os mesmos jogadores com quem ele vai jogar. Aí, vai pegar entrosamento. Não é um jogador comum” finalizou o técnico.

Reforços

Se, com Pato entrosado e a volta de Souza, Muricy aposta em time titular confiável, ainda espera reforços para a disputa do Brasileirão. A diretoria concorda com o técnico e, nos bastidores, mesmo com a turbulência política e o time ainda em formação, trabalha, sem afobação e como pano de fundo, para melhorar o elenco.

Assim como reconhecem o foco nas eleições, os dirigentes são paulinos também admitem que o mercado não está fácil. Mesmo assim, afirmam que seguem negociando, e até mesmo não descartam algum acerto nas próximas duas semanas.

A ideia não é fazer nenhuma loucura, mas aumentar o elenco, dando mais profundidade e opções de cobertura para casos de lesões, suspensões ou saídas durante a temporada longa. Oportunidades mais ousadas, porém, são analisadas: apesar de ser um assunto em segundo plano, uma contratação de mais peso é vista com bons olhos até pelo impacto que pode ter no processo eleitoral.

 

Fonte: Uol

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