Muricy Ramalho
faz um teste de paciência neste início de temporada. Vê buracos aos montes no elenco que sofreu para tirar o São Paulo do rebaixamento no Campeonato Brasileiro e, por enquanto, não sabe (e não tem) a quem recorrer. Resta esperar pelos reforços prometidos pela diretoria. Reforços com “R” maiúsculo.
– Não vai chegar por chegar. Aconteceu em outras situações de contratarem muitos jogadores, e agora não é o caso. Por isso, essa demora. Se chegar, são jogadores de qualidade, porque estamos com um elenco pequeno e precisamos qualificar um pouco para o ano todo. Oferecem muitos jogadores, mas não do nível que queremos. Deve chegar a qualquer momento – afirmou.
O time titular está longe de ser aquele dos sonhos do treinador, mas a grande preocupação é o conjunto. Muricy tem nada menos que sete zagueiros à disposição para, se quiser, implantar o 3-5-2 que o consagrou. Mas, no ataque, o único centroavante é Luis Fabiano, em guerra para voltar à boa fase. Para jogar ao lado dele, mais problemas. Só Osvaldo ou Ademilson.
– Não pode ser só um time, precisa ser um plantel. Temos posições com dificuldades de reposição. Não temos na posição do Luis Fabiano. Estamos desequilibrados desde o ano passado. Precisamos caprichar para não ser como no ano passado – disse.
Na sexta-feira, o São Paulo fechou a contratação de um reforço para um setor congestionado. Álvaro Pereira, lateral-esquerdo do Inter de Milão, chegará na próxima semana para brigar pela posição com Reinaldo, Carleto e Clemente Rodríguez. O clube ainda tem Henrique Miranda e Cortez, que não serão utilizados.
A busca do São Paulo por jogadores entupiu de ligações e mensagens o celular que Muricy carrega no bolso até durante as entrevistas coletivas. A maioria não agrada. Os alvos estão determinados: o volante Souza, do Grêmio, e o atacante Rafael Sobis, do Fluminense. O último, um sonho quase impossível pelos salários elevados.
– Estou tendo paciência com a diretoria porque quero jogadores de nível. Para trazer mais ou menos, é melhor não (trazer). Se eu peço algo difícil, sei que não vai ser fácil. Hoje não existe dinheiro, o futebol brasileiro está complicado.
Fonte: Globo Esporte