O SP a um mês da eleição: Aidar é favorito e clube mais perto da Globo

O São Paulo está a menos de um mês de encerrar a gestão de Juvenal Juvêncio, presidente do clube desde 2006. Nas últimas semanas, aconteceram as últimas definições do tabuleiro político pré-eleitoral do clube. Hoje, é possível afirmar com segurança que o candidato de situação, Carlos Miguel Aidar, é o favorito contra o oposicionista Kalil Rocha Abdalla. As últimas mudanças ainda envolvem a TV Globo, o projeto de cobertura do Morumbi, o provável novo cargo de Leco após turbulência e o temporário isolamento de Adalberto Baptista do clube.

1- Aidar é favorito
Karime Xavier/Folhapress
A balança entre os conselheiros vitalícios do São Paulo estava equilibrada até o início do ano. Mas diferentes fatores levaram ao crescimento da popularidade do candidato de Juvenal Juvêncio: Aidar ganhou destaque no fim de 2013 ao defender a CBF no caso Héverton – que rebaixou a Portuguesa no Brasileirão; O candidato promoveu aliança entre São Paulo e CBF após anos de conflitos e agora reaproxima o clube da TV Globo; Ganhou o apoio de Marco Polo Del Nero, virtual novo presidente da CBF, nas eleições do clube – Del Nero controla votos de pelo menos cinco vitalícios; A insatisfação com o futebol diminuiu muito em relação ao fim do último ano, de um time quase rebaixado para uma equipe promissora, com diversos grandes nomes.
2- Leco no conselho. Sem rival?
Fabio Braga/Folhapress
O vice-presidente Carlos Augusto de Barros e Silva, o Leco, será candidato da situação à presidência do conselho deliberativo. Ele seria o candidato a presidente do clube quando foi afastado da corrida eleitoral em manobra de Juvenal Juvêncio. Leco se aborreceu, rompeu com o grupo, e voltou no fim de 2013, antes de ser nomeado candidato para presidir o conselho deliberativo a partir de abril 2014. A oposição ainda não tem um nome para o pleito, e pode ser que Leco não tenha oponente. José Carlos Ferreira Alves, atualmente no cargo, não pode concorrer à reeleição por considerarem que ele já cumpriu dois mandatos – assumiu após a morte de Ademar de Barros, em março de 2011. “Estou feliz. Juvenal tinha a ideia de, num primeiro momento, prestigiar o Ferreira Alves, porque eu não queria um confronto, e falei que não queria. Mas depois recebi um telefonema do Juvenal, ele me perguntou se eu gostaria, eu disse que sim, ele disse: “um abraço”. Carlos Miguel também me ligou, e fizemos assim”, conta Leco.
3- Eleição será no dia 16 de abril
Wander Roberto/VIPCOMM
Como já era esperado, a eleição do São Paulo foi confirmada para o dia 16 de abril. A data ainda não foi documentada, mas a definição já está feita segundo o candidato Carlos Miguel Aidar. O pleito presidencial do clube acontecerá no mesmo dia da eleição para a provedoria da Santa Casa de São Paulo, na qual o oposicionista são-paulino Kalil Rocha Abdalla tenta se reeleger. Antes, a assembleia geral de sócios escolhe, no dia 5 de abril, os 80 conselheiros que se juntarão aos 160 vitalícios para escolher o presidente 11 dias depois. A chapa de oposição, com 120 nomes inscritos, tem o ator global Henri Castelli como candidato.
4) Juvenal resiste à ideia de votar cobertura junto
Divulgação
O presidente Juvenal Juvêncio está resistindo e não deve aceitar a sugestão de Carlos Miguel Aidar para que seja votado na mesma noite da eleição presidencial o contrato das obras de cobertura do Morumbi. A aprovação no conselho foi barrada pela oposição, que boicotou reunião em dezembro alegando falta de transparência, e fez com que não houvesse quórum mínimo de 75%, necessário para abrir votação. Segundo líderes da situação, Juvenal crê que pode gerar revolta ao incluir na ata da eleição presidencial a votação da cobertura. A definição pelas obras do Morumbi devem ser passadas para o próximo presidente.
5) Adalberto fora. Mas pode ser diretor
Luiz Pires/VIPCOMM
O ex-diretor de futebol e atual diretor-secretário geral Adalberto Baptista não será candidato ao conselho na assembleia geral de sócios do dia 5 de abril. Segundo líderes da situação, Baptista não sentiu abertura para entrar na vida política do clube com Aidar. Fora do conselho, ele atrasa sua ascensão política no clube – não pode ocupar nenhuma vice-presidência – mas ainda pode ocupar qualquer diretoria.
6) Aidar aproxima São Paulo da Globo
Divulgação
A aliança com Marco Polo Del Nero, via Carlos Miguel Aidar, restabeleceu amizade entre o São Paulo e CBF. Agora, o candidato de situação reconectou o clube à TV Globo, com a qual comprou briga em 2011 e da qual se afastou desde então. No último dia 6, o diretor da Globo Esportes, Marcelo Campos Pinto, foi ao Morumbi para encontro e almoço com Juvenal Juvêncio, Carlos Miguel Aidar, Leco e o diretor financeiro Osvaldo Vieira de Abreu. Em 2011, o São Paulo foi um dos únicos que não aceitavam a dissidência do Clube dos 13, lutou contra e acabou sendo rebaixado pela Globo para o segundo escalão na nova divisão de cotas de receitas de TV.
Fonte: Uol

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