O Dia do Mito que virou o Dia do Mico para os sócios

Amigo são-paulino, leitor do Tricolor na Web, peço licença para me dirigir aos sócios do São Paulo F.C neste editorial, e falando na qualidade de sócio deste clube. O desrespeito que existe por parte da diretoria é algo descomunal. Chego à conclusão que a frase que um dia ouvi de um associado tem plena validade: “o sócio é um tormento para a diretoria, só atrapalha”.

Os fatos verificados na última quarta-feira, dia 7 de setembro, data do milésimo jogo de Rogério Ceni, o Mito, com a camisa do nosso Tricolor, foi um inferno para os sócios. Desde as primeiras horas da manhã a fila para o único estacionamento existente eram monstruosas. Quem chegou ao clube por volta das 80 ficou uma hora na fila; quem chegou por volta das 9h ficou duas horas. E daí sucessivamente.

Não podemos contestar a perda dos estacionamentos das rampas, afinal elas são o acesso da torcida ao estádio. Mas é inadmissível que o único espaço a nós destinado seja dividido em dois, ficando um setor totalmente vago para receber a queima de fogos para Rogério Ceni. Nada contra a festa, mas há outros locais do clube, desocupados, que podem ser utilizados para isso.

Com todo o tumulto que estava acontecendo – durante todo o dia – conversei com o segurança do Portão 12, liguei para um conselheiro, que ligou para o vice-presidente admiistrativo, que, por sua vez, prometeu providências. Ficou na promessa!

Pior: havia um espaço, onde os carros podiam ser estacionados, também reservado. E sabem para que? Pasmem! Para as Vans que trariam os torcedores que compraram entrada VIP, nos camarotes.

Vão para o inferno! Agora vou ter que dividir meu espaço também com torcedor VIP? Isso acabou sendo resolvido. Mas a parte de cima, não.

Aliás, em relação ao estacionamento, fica aqui uma pergunta que já fiz algumas vezes e nunca ninguém conseguiu responder: para que servem os boxes cobertos, no prédio ao lado do estádio, com entrada pelo portão 13? É um mistério total. E onde há muito mistério, a coisa cheira mal. E nesse caso, fede. E muito.

E de novo sou obrigado a perguntar: para que servem os conselheiros do clube? A oposição não existe. A situação não fala, não vê, não age, fica sob a batuta de Juvenal Juvêncio num “beija mãos” como nos tempos do imperialismo. E os sócios continuam padecendo da falta total de apoio ou de atenção por parte de quem é eleito por eles e por eles deveria brigar.

Conselheiro é bom na hora da eleição. Fica perambulando pelo clube, conversa com um e com outro, promete mil e uma coisas, como os verdadeiros políticos, se fazem de amigos, e depois somem. Você nem sabe mais quem é conselheiro, da mesma forma como você não lembra em quem votou para vereador ou deputado nas últimas eleições.

Mas um dia haverá a revolta dos sócios. Sem bandeiras políticas ou ideologias hipócritas. Mas com a bandeira de quem paga sua mensalidade e tem o direito de ter um mínimo de conforto que tem que ser oferecido pelo clube. E o Tricolor na Web não hesitará em puxar esse movimento, se assim for necessário.

Acordem, conselheiros! Acordem, dirigentes! Acorde, Juvenal Juvêncio. A nossa paciência está se esgotando. Por muito pouco não saiu uma grande confusão, até com agressão física, na quarta-feira. E isso só depõe contra a imagem do nosso São Paulo.

Por isso tudo o Dia do Mito virou o Dia do Mico para os sócios, que ficaram com o Mico nas mãos.

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