Foi unânime no São Paulo a escolha do motivo que o levou à terceira derrota em três jogos fora de casa, neste domingo. Durante e após o revés por 2 a 1 para a Ponte Preta, o técnico Muricy Ramalho e os jogadores se mostraram irritados com o segundo gol sofrido, após nova desatenção aérea.

A irritação foi ainda maior porque o gol em questão saiu aos 14 minutos da segunda etapa, quatro minutos depois de Rogério Ceni ter empatado o placar, em cobrança de pênalti. Cobrado escanteio pelo lado direito, o atacanteAlemão subiu livre de marcação e cabeceou. A bola quicou no gramado e foi para a rede.

Há uma semana, Ceni foi vazado de modo semelhante na derrota para o Palmeiras, quando o meia Valdivia apareceu sozinho na primeira trave e desviou de cabeça para o gol.

Neste domingo, durante parada técnica na metade do segundo tempo, Muricy não economizou palavrões pela nova falha de marcação de seu sistema defensivo, que mais uma vez priorizou os adversários de maior estatura e esqueceu o atacante na segunda trave. Depois do apito final, foi a vez de o próprio time apontar o erro fatal.

“Fica difícil toda vez ter que correr atrás (no placar)”, esbravejou o meia Paulo Henrique Ganso, que estreou de forma bastante discreta a camisa 10 herdada do agora corintiano Jadson.

Questionado sobre a nova falha aérea, o zagueiro-artilheiro Antônio Carlos usou o mesmo nervoso tom de voz. “A gente não sabe o porquê disso. Estamos jogando bem, só que isso está acontecendo nos lances capitais. Estamos dando mole”, falou, a caminho do vestiário do Moisés Lucarelli.

Apesar do tropeço no interior, a equipe treinada por Muricy segue na primeira posição do Grupo A do Campeonato Paulista, com 12 pontos ganhos, todos eles no Morumbi, palco do seu próximo compromisso – no sábado que vem, diante da Portuguesa.

Fonte: Gazeta Esportiva