O mistério de Ney Franco no início da semana foi desfeito a menos de uma hora da partida contra o Arsenal: o treinador utilizou uma formação com três zagueiros pela primeira vez na temporada. Após perder por 2 a 1, ele tratou de desvincular o resultado da mudança tática.
“A derrota não tem relação nenhuma com o sistema de jogo. A gente teve tempo para armar a equipe dessa forma. Fizemos o primeiro tempo com essa formação. No segundo tempo, a gente mudou a forma de jogar (com dois zagueiros)”, minimizou, sendo questionado em seguida por que não seguiu o Atlético-MG, que goleou os argentinos lá usando três atacantes.
“Embora o Atlético tenha jogado com (apenas) dois zagueiros de origem, o Pierre jogou como terceiro zagueiro. Foi o mesmo sistema que o nosso. Não adianta querer fazer comparação. O Atlético está em um momento melhor do que a gente. A gente não está em um momento bom”, argumentou.
Com os dois tropeços diante do Arsenal – o empate por 1 a 1 como mandante, na semana passada, também foi inesperado –, o São Paulo agora vê o time de Sarandí com os mesmos quatro pontos, atrás somente nos critérios de desempate.
“Nos dois confrontos com o Arsenal, não jogamos bem. Temos agora mais duas rodadas, precisamos jogar mais forte, porque saímos com a sensação de que não fomos bem no jogo”, reconheceu Ney Franco, cada vez mais pressionado no cargo, embora a diretoria negue publicamente.
As duas partidas restantes da fase de grupos são consideradas difíceis. A primeira, em 4 de abril, será contra o The Strongest, na altitude de 3.600 metros de La Paz. Na rodada derradeira, o adversário será o líder Atlético-MG, no Morumbi.
Fonte: Gazeta Esportiva