Ney Franco aponta seu “dedo” no time: ousadia, coragem e disposição

Até agora, em quatro jogos no São Paulo, Ney Franco empatou com um desfalcado Palmeiras, perdeu do Vasco no Morumbi e do Atlético-GO, que era lanterna, e só venceu o Figueirense,jogando com um a mais no segundo tempo e pouco chutando a gol. Mas o técnico aponta evolução em relação à equipe que recebeu do demitido Emerson Leão. Agora, segundo ele, o time é ousado, corajoso e empenhado em campo.

“A equipe rouba mais bola e tem coragem para fazer uma marcação por pressão para roubar a bola na defesa do adversário. É uma evolução. O dedo do treinador está neste aspecto de entrega, com uma equipe mais ousada e corajosa mesmo na casa do adversário”, apontou, elogiando a disposição mesmo nos treinos. “Vejo a equipe focada no trabalho durante a semana. Criamos um ambiente legal de trabalho.”

A base de análise do técnico está em suas duas últimas partidas, realizadas logo depois de ele cobrar publicamente do elenco mais dedicação e usar seu treino para definir as zonas de marcação de cada um no 3-5-2 que o coordenador técnico Milton Cruz sugeriu. Assim, o timevenceu o Figueirense por 2 a 0, em Florianópolis, e perdeu do Atlético-GO por 4 a 3, saindo deste jogo com derrota por 4 a 1 no primeiro tempo.

Djalma Vassão/Gazeta Press

Com duas derrotas, um empate e só uma vitória, treinador ressalta progresso até nos 4 a 3 do Atlético-GO

Em relação ao jogo em Goiânia, Ney Franco analisou separadamente cada um dos quatro gols sofridos e revelou sua avaliação. Por exemplo, no primeiro gol, marcado por Marino em cobrança de falta lateral de Marcos, um dos erros foi Denilson ficar na barreira e Douglas na área, exatamente o contrário do que foi combinado, além de ninguém ter acompanhado Marino, que subiu sozinho para cabecear nas redes.

 

O segundo gol ocorreu em pênalti de Douglas em Eron que Ney Franco definiu como erro grotesco da arbitragem, mas viu falha na liberdade do lateral esquerdo rival entrando na área nas costas da zaga. O terceiro, nascido em bola perdida por Cortez que Marcos cruzou para Patric subir mais que Rhodolfo e fazer o gol, o erro foi de Cortez, que deu espaço para a bola alçada, e a zaga, que tinha quatro atletas contra só dois jogadores do Atlético-GO.

O que mais decepcionou Ney Franco foi a facilidade adversária pelo alto. “A equipe tem um potencial muito grande para não tomar esse tipo de gol e fazer muitos na bola parada. O Figueirense forçou pelo alto e fomos muitos bens porque entramos em campo determinados com um posicionamento eficiente. No jogo passado, também tivemos cuidados. Foi um resultado anormal.”

A solução encontrada foi um intenso trabalho de cruzamentos já nessa sexta-feira. Mas o técnico não cansa de relatar seus pontos positivos. “Mesmo tendo perdido, vejo entrega dos atletas. O time tinha tudo para fazer um segundo tempo apático. Não podemos esconder o nosso primeiro tempo, mas não faltou entrega. Foi uma fatalidade e, dentro desta fatalidade, não se pode esconder o progresso”, afirmou.

Fonte: Gazeta Esportiva

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