Depois de dois problemas com reclamações públicas, Ney Franco voltou a se deparar com um problema após substituir um jogador. Na vitória por 3 a 1 em cima do Botafogo, no último domingo, Fabrício não gostou de sair e chegou a questionar a troca. A informação foi dada durante a transmissão pelo Sportv. O treinador do São Paulo, no entanto, disse não ter reparado nenhum problema e minimizou qualquer atrito que tenha acontecido.
Segundo ele, o próprio volante chamou o treinador para conversar após a partida em Ribeirão Preto, indicando que o atleta já sabia que o episódio poderia ter alguma repercissão.
“Comigo, ele não falou nada. Parece que ele fez um comentário com um dos auxiliares. Depois do jogo, imediatamente, ele me procurou e conversou. Ele foi capitão da partida, fechou o grupo e deu a palestra. Por isso, para mim, não teve nenhum problema com Fabrício”, disse ele, para depois explicar que quer dar mais chances para o atleta.
“O Fabrício jogou aqui no Pacaembu (contra o Arsenal de Sarandí). Hoje, ele está atrás na concorrência da posição por causa do ritmo de jogo. Para ele ganhar ritmo de jogo, vou colocar ele para jogar quarta-feira e, possivelmente, no sábado. Ele passa por um processo que já passou o Cañete, o Ganso e agora é a vez dele”, explicou.
Ao falar sobre indisciplina, o torcedor são-paulino já lembra de outros dois episódios. Paulo Henrique Ganso não gostou de deixar o clássico contra o Palmeiras e chegou a atacar um copo d’água em direção ao banco de reservas. Depois, na partida seguinte, na derrota por 2 a 1 contra o Arsenal de Sarandí, o zagueiro Lúcio reclamou da troca, não ficou no banco e ainda foi direto para o ônibus, onde mostrou indiferença com a situação do time. Na chegada ao Brasil, ainda deu entrevistas dizendo que não era culpado pelo resultado ruim.
O episódio foi motivo de uma crise interna e de críticas ao pentacampeão, por erro estratégico de um jogador que se considera líder. Passado um mês do episódio, Lúcio voltou a ocupar a posição de titular. No meio deste processo, Ney revelou que fez cobranças ao camisa 3 em frente aos demais jogadores.
“Depois daquele episódio, nós tivemos uma reunião coletiva, com todos do elenco. Eu coloquei alguns posicionamentos sobre as mudanças que faço e fiz cobranças perante ao grupo ao atleta. Logo depois, ele pediu para conversar particularmente e a gente ajustou tudo. Ele ficou fora por um tempo e esperou o tempo de voltar. No último jogo ele foi bem e mereceu voltar. Agora, ele já está até fazendo papel de liderança. A nossa fala sobre aquele episódio é a de que ficou no passado”, disse o comandante.
O atrito acabou servindo para que o comandante declarasse que não aceitaria mais nenhum episódio de insubordinação. Ele recebeu o aval do presidente, Juvenal Juvêncio, para tirar do elenco qualquer jogador que tumultuasse o ambiente com reclamações públicas.
Fonte: Uol