Na raça, São Paulo bate o Galo e segue em frente na Libertadores

O São Paulo precisava se superar em campo. Raça, disposição, gana, vontade e trabalho não poderiam faltar para que o time avançasse às oitavas de final da Copa Libertadores… E, a vaga acabou “personificada” em um ídolo tricolor: Rogério Ceni. Fora dos treinamentos nas últimas semanas para tratar o pé direito, o goleiro utilizou o mesmo pé para bater o pênalti que abriu a contagem na vitória do Tricolor por 2 a 0, nesta quarta-feira, no Morumbi. Resultado que, aliado à derrota do The Strongest (BOL) por 2 a 1 para o Arsenal (ARG), garatiu o Sampa nas oitavas.

E o confronto do primeiro mata-mata da Libertadores será o mesmo desta quarta-feira. O primeiro jogo será no Morumbi e o segundo, no Independência. As datas ainda não estão confirmadas. Nesta edição, além deste jogo, os dois times se enfrentaram na primeira rodada e deu Galo: 2 a 1, em casa.

TORCIDA E TIME: UNIDOS!

A torcida são-paulina e a equipe estavam em uma só sintonia. Os pedidos por “raça” entoados no último jogo deram espaço ao incentivo. Antes de o jogo começar, a festa dos torcedores foi grande. No gramado, um grupo tricolor concentrado movido por muitos pensamentos. O Atlético-MG, melhor equipe do campeonato, até sabia que a pressão estava toda do outro lado, mas a vontade para se manter invicto e eliminar um possível rival mais poderia ser um combustível para os jogadores. Mas isso não se viu no Morumbi.

No primeiro toque da bola, os gritos da torcida. E o jogo começou bastante movimentado, com opções para ambos os lados. O Galo, sem Tardelli, vetado no vestiário por ainda não ter condições de jogo devido a um estiramento na coxa direita, foi escalado com Serginho. O versátil jogador fechou os espaços pelo lado direito e ainda se apresentou ao ataque. Já o São Paulo, sem Jadson e Luis Fabiano, viu em Osvaldo as principais jogadas. Rápido, o camisa 17 partiu para cima da marcação. Ganso começou bem e alternou bons momentos e outros mais apagados. Aloísio bastante brigador, mas pouco incisivo.

O Galo tinha na figura de Ronaldinho Gaúcho a principal alternativa. E, logo no começo, o camisa 10 mostrou a qualidade refinada que tem ao dar um passe olhando para o outro lado, mas Jô não conseguiu dar sequência à jogada. O jogo, pouco técnico, mas muito brigado, não teve momentos de pressão. O São Paulo chegou pelas laterais, mas falhou na hora dos cruzamentos. O Galo ficou com os dois pontas ofensivos bastante retraídos, o que dificultou os contra-ataques. Por conta disso, só na bola parada levou perigo.

Na base da vontade, o Tricolor careceu de um meia mais ativo no jogo. Douglas foi muito esforçado, se apresentou para buscar a bola, mas encontrou dificuldades na criação. O clube mineiro apenas cozinhou o jogo e o levou ao intervalo.

Na saída de campo, Ronaldinho ainda falou que o duelo era um “grande treino” para a próxima fase…

SOLTA O GRITO!

São Paulo tinha 45 minutos para buscar a classificação para as oitavas de final da Copa Libertadores. Cuca mexeu no Galo e tirou o ponta Luan, pouco participativo por causa da marcação, para colocar Alecsandro na equipe. O Tricolor voltou com o mesmo ânimo e disposição em busca da vaga.

E em 11 minutos, a galera foi à loucura. Osvaldo deu passe em profundidade para Aloísio, que invadiu a grande área e recebeu um puxão de Leonardo Silva. O árbitro assinalou pênalti. Na cobrança, Rogério Ceni. O goleiro, que perdeu treinamentos por conta de um trauma no pé direito, foi para a cobrança e, de pé direito, mandou para o fundo do gol. Na comemoração, todos juntos para abraçá-lo.

O técnico Cuca, então, colocou Neto Berola para dar mais mobilidade em campo, aproveitando as brechas por conta do cansaço dos laterais. O Jason, que ressurge em momentos complicados, apareceu. Com o gol, o jogo ganhou mais dinamismo e o Galo passou a ser ofensivo, característica da equipe mineira nessa Libertadores.

O São Paulo passou a ser mais precavido, trabalhando melhor a bola e buscando os espaços deixados pelo clube mineiro para liquidar o jogo. E conseguiu. O jovem Ademilson precisou de quatro minutos para estar na hora e no local certos para marcar: Ganso iniciou boa jogada no meio de campo e abriu para Osvaldo, sempre ele. O camisa 17 fez tudo, limpou a marcação e rolou para o companheiro marcar e sair vibrando.

Em uma só sintonia, a torcida reviveu o Jason e agora ganha confiança para a próxima fase do torneio continental.

FICHA TÉCNICA:

SÃO PAULO 2 X 0 ATLÉTICO-MG

Local: Morumbi, em São Paulo (SP)
Data/Hora: 17/4/2013, às 22h (horário de Brasília)
Árbitro: Wílton Sampaio (GO-Fifa)
Assistentes: Kléber Lúcio Gil (SC-Fifa) e Rodrigo Correa (RJ-Fifa)

Renda e público: R$ 1.961.516,00 / 50.403 pagantes
Cartões amarelos: Rafael Toloi, Denilson, Paulo Henrique Ganso e Osvaldo (SPO); Richarlyson, Leonardo Silva e Pierre (CAM)
Cartão vermelho: –
GOLS
: Rogério Ceni, aos 11’/2ºT (1-0) e Ademilson, aos 36’/2ºT (2-0)

SÃO PAULO: Rogério Ceni, Paulo Miranda (Rodrigo Caio, aos 35’/2ºT), Lúcio, Rafael Toloi e Carleto; Wellington, Denilson e Ganso; Douglas, Osvaldo e Aloísio (Ademilson – 32’/2ºT) (Fabrício – 44’/2ºT). Técnico: Ney Franco.

ATLÉTICO-MG: Victor, Marcos Rocha, Réver, Leonardo Silva e Richarlyson; Pierre, Leandro Donizete (Guilherme – 33’/2ºT), Serginho (Neto Berola – 12’/2ºT) e Ronaldinho Gaúcho; Luan (Alecsandro – intervalo) e Jô. Técnico: Cuca.

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