“Maltratado” por Juvenal, Kalil se diz capaz de ser grande presidente

Kalil Rocha Abdalla não quer ser presidente do São Paulo, quer ser um grande presidente do São Paulo. Diretor jurídico do clube no período em que o grupo atual esteve à frente do poder (entre 1984 e 1988 e desde 2002), ele aceitou convite da ala oposicionista depois de ter discutido no ano passado com Juvenal Juvêncio, a quem, após rompida a relação, passou a considerar publicamente uma pessoa difícil.

“Fui maltratado pelo presidente”, disse à Gazeta Esportiva.net, há uma semana, lembrando episódio ocorrido em 5 de junho – antes da derrota para o Goiás, no Morumbi, em meio à má campanha do time no Campeonato Brasileiro. Na ocasião, Kalil negou o fato em contato com a reportagem. Nove meses depois, o desentendimento com o atual mandatário já não é mais segredo. “Ele se exacerbou dentro do vestiário, gritou comigo. Eu respondi no mesmo tom, e aí acabou”.

O elevado tom de voz do advogado de 72 anos, é possível conhecer também questionando qual será sua rotina caso seja eleito, uma vez que mantém escritório próprio (a exemplo do concorrente Carlos Miguel Aidar) e vai disputar ainda a reeleição na Santa Casa de Misericórdia, provavelmente no mesmo dia do pleito no Morumbi, na segunda quinzena de abril.

“Eu tenho disponibilidade! Eu vou atender tudo, eu atendo tudo”, bradou, irritado, em uma sala anexa àquela de onde comanda os rumos do maior complexo hospitalar filantrópico do Brasil, responsável por 3,5 milhões de atendimentos por ano. “No meu trabalho, até hoje, tudo funcionou. Sempre fui eficiente, sou o melhor provedor que já teve a Santa Casa, sou um grande advogado e posso ser um grande presidente do São Paulo”.

 

 

Quem tentará ajudá-lo a cumprir essa promessa é Marco Aurélio Cunha, que já foi médico e superintendente do clube no passado e chegou a se lançar pré-candidato à presidência, em 2013. Agora ao lado de Kalil, ele terá a missão de comandar o futebol como vice-presidente e pôr em prática as propostas de mudança da chapa, cujos principais valores apregoados são transparência, profissionalismo e competência.

Gazeta Esportiva.net – Não tivesse o senhor entrado como candidato, acha que o Marco Aurélio Cunha teria viabilidade eleitoral?
Kalil Rocha Aballa – Não sei. Se eu não tivesse entrado como candidato, se o Marco Aurélio teria viabilidade?

Gazeta Esportiva.net – O senhor entrou na disputa para dar viabilidade eleitoral à oposição?
Kalil Rocha Aballa – Talvez. Eu não fazia parte da oposição, fazia parte da situação. Eu era diretor do Juvenal, da diretoria atual, ocupava o cargo de diretor jurídico. A oposição me procurou, sentindo que eu era um nome viável, e eu, como dispunha de uma grande confiabilidade entre os conselheiros vitalícios, eles me chamaram e me propuseram disputar a eleição. Mas eu não sei se eu não fosse candidato, se o Marco Aurélio teria viabilidade. Isso, eu não sei te dizer.

Gazeta Esportiva.net – A chapa de vocês se chama SPFC Forte. O que é que tem de fraco ou o que a gestão atual tornou fraco no clube?
Kalil Rocha Aballa – Não, você é que está afirmando que é fraco, eu não falei nada. Isso é um mote, um lema que foi dado à chapa. Isso não quer dizer…

Gazeta Esportiva.net – É possível tornar o São Paulo mais forte, na opinião do senhor?
Kalil Rocha Aballa – O São Paulo é forte, sempre foi forte.

Gazeta Esportiva.net – Mas dá para tornar mais forte?
Kalil Rocha Aballa – Não tem nada a ver o nome com problema. O nome da chapa foi uma escolha pessoal. Como havia diversos nomes, escolhemos São Paulo forte. Não tem nada a ver com forte ou fraco. Não quer dizer nada.

Gazeta Esportiva.net – Como é sua rotina de trabalho, com Santa Casa, o senhor mantém escritório…
Kalil Rocha Aballa – [interrompe] Tenho escritório, sim.

Gazeta Esportiva.net – E como é sua rotina? O senhor acorda a que horas? Vem primeiramente para a Santa Casa, para o escritório? Como é essa rotina do senhor? Kalil Rocha Aballa – Ah, não tem cabimento. Isso não é pergunta para se fazer.

Gazeta Esportiva.net – Estou dizendo sobre a disponibilidade do senhor…
Kalil Rocha Aballa – [interrompe] Me desculpe, não é pergunta. Saber a que hora que eu levanto…

Gazeta Esportiva.net – Não, não…
Kalil Rocha Aballa – [interrompe] Ué, você que acabou de perguntar.

Gazeta Esportiva.net – Não precisa citar (a que horas acorda). O que estou querendo dizer é: qual a disponibilidade do senhor para Santa Casa, escritório…?
Kalil Rocha Aballa – [interrompe] Eu tenho disponibilidade! Quem sabe trabalhar tem tempo para tudo. Se é para cutucar, vamos com cuidado.

Gazeta Esportiva.net – Estou perguntando para o senhor. O senhor fique à vontade…
Kalil Rocha Aballa – [interrompe] Eu não me nego a prestar depoimento para qualquer pessoa. Só que não venha me cutucar. Vamos conversar direitinho. A que hora que eu acordo, não é problema seu.

Gazeta Esportiva.net – Foi uma pergunta talvez mal elaborada. Eu queria saber o horário que o senhor vem…
Kalil Rocha Aballa – [interrompe] Foi mal elaborada, então tudo bem. Eu tenho disponibilidade! Eu vou atender tudo, eu atendo tudo. No meu trabalho, até hoje, tudo funcionou. Sempre fui eficiente, sou o melhor provedor que já teve a Santa Casa, sou um grande advogado e posso ser um grande presidente do São Paulo.

 

Djalma Vassão/Gazeta Press

Marco Aurélio Cunha (à direita) será vice-presidente de futebol do São Paulo caso Kali vença a eleição, em abril

Gazeta Esportiva.net – Houve mesmo um convite do senhor, talvez em uma conversa informal, ao Hélio Rubens?
Kalil Rocha Aballa – Não. Eu sou de Franca, minha família é de Franca. Eu tinha propriedade em Patrocínio Paulista, do lado de Franca. Então, o Hélio Rubens é meu amigo, e eu converso com o Hélio Rubens. Conversar, eu converso sempre.

 

Mas não teve uma conversa para ele eventualmente trabalhar na sua diretoria?
Kalil Rocha Aballa – Não. Não, senhor.

Gazeta Esportiva.net – Qual vai ser o perfil do senhor como presidente do São Paulo? O senhor, claro, é torcedor são-paulino. E como dirigente, como mandatário? O senhor vai ter uma gestão simplesmente racional, vai conseguir controlar seu lado torcedor?
Kalil Rocha Aballa – O que é ser racional? Eu não estou entendendo bem o intuito da sua entrevista. Você está fazendo uma série de perguntas…

Gazeta Esportiva.net – [interrompo] As mesmas perguntas que fiz para o Carlos Miguel, estou fazendo ao senhor.
Kalil Rocha Aballa – Tudo bem. Se eu vou ter um mandato racional? Eu não sei o que é isso. Traduza.

Gazeta Esportiva.net – Quero saber o perfil que o senhor quer ter como presidente. Vamos deixar claro. O perfil do presidente Juvenal Juvêncio sempre foi dito como centralizador…
Kalil Rocha Aballa – [interrompe] Ah, aí tudo bem. Então pergunte. Eu vou fazer uma gestão transparente e vou delegar poderes para todo o mundo. Por isso é que posso ter diversas atuações em diversos campos. Lá (no São Paulo), será delegado. Não serei centrista como é o Juvenal. Isso, sim. Aí a pergunta está correta.

Gazeta Esportiva.net – O Juvenal Juvêncio, muitas vezes, dizem ser falastrão, torcedor, passional…
Kalil Rocha Aballa – [interrompe] Não, eu não disse.

Gazeta Esportiva.net – Eu disse.
Kalil Rocha Aballa – Você está sempre cogitando as coisas. Vamos lá. O Juvenal é um homem difícil, o Juvenal não conversa. O Juvenal tinha processos, coisas para levar ao jurídico e nunca levou. O Juvenal tinha esse maldito contrato da, da…

Gazeta Esportiva.net – Da cobertura.
Kalil Rocha Aballa – Da cobertura. E jamais passou no jurídico. Jamais o senhor Manssur (José Francisco Manssur, assessor da presidência) entrou (no jurídico). Ele tinha um assessor, escolheu, não sei. Não tenho nada contra o Manssur, sou amigo da família dele e tudo mais. Só que o Juvenal levava, contratou ele, não sei como, a que peso, pagando o quê. O jurídico nunca recebeu salário, nunca tinha nada. No departamento jurídico, trabalhamos gratuitamente. Eu era o diretor, o presidente atual do Conselho (Deliberativo), José Carlos Ferreira Alves, era o meu adjunto. Ele é que trabalhava comigo. Ele fazia (os serviços na) Federação (Paulista de Futebol), julgamento desportivo, e eu cuidava dos processos no Fórum, qualquer pepino que tivesse no Fórum. Agora, o Juvenal contratou, não sei a que título, o Manssur. Esse rapaz foi contratado, deve ser um bom advogado, cuidou dos processos, cuidou da elaboração do contrato. Nunca foi-me consultado. Jamais entrou na minha sala, nunca entrou na minha sala. Eu tenho testemunha de todos os advogados que lá trabalham que ele nunca entrou na sala para contar ou perguntar. Cruzava com ele em algum corredor e tal, mas, dentro da sala do jurídico, nunca entrou. Então, isso eu posso dizer. Comigo… Eu não escondo nada, estou aqui pronto para falar. Agora, cuidado com o que você vai pôr. Você está gravando, você está gravando. E veja bem, então, ponha da maneira que eu estou falando.

Gazeta Esportiva.net – Não estou entendo essa preocupação do senhor.
Kalil Rocha Aballa – Não é preocupação. Não sei, você começou, de cara, fazendo algumas perguntas.

Gazeta Esportiva.net – Estou fazendo perguntas que fiz para o Carlos Miguel Aidar.
Kalil Rocha Aballa – Então, eu não vou responder às perguntas que você fez para o Carlos Miguel Aidar. Vou responder aquilo que você fizer, que for…

Gazeta Esportiva.net – [interrompo] Que você quiser responder.
Kalil Rocha Aballa – Tudo bem.

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Gazeta Esportiva.net – Nas andanças pelo Morumbi, quais têm sido as principais reivindicações da parte social e do futebol, do torcedor e do sócio?
Kalil Rocha Aballa – Torcedor reclama de que o time do São Paulo acabou. O São Paulo Futebol Clube é um time de futebol, em primeiro lugar. Sócio é outra coisa. A parte social é outra coisa. A parte de futebol, o associado, o povo, não só o sócio-torcedor e o associado, o povo da cidade todinha não admite mais a palavra Juvenal Juvêncio. Todo o mundo quer se ver livre do Juvenal Juvêncio. Essa é a grande verdade. Ninguém aguenta mais. O São Paulo acabou o que era o São Paulo. Faz cinco anos que não ganha nada. Contratações? Você tem prova do que foi contratado, ninguém aprovou. Ninguém satisfaz ao torcedor. O são-paulino está cansado de ver o que está se sucedendo. O são-paulino quer trocar. E este é o apelo que estou fazendo ao sócio: que compareça no Morumbi para fazer o voto, para votar na chapa de oposição.

Gazeta Esportiva.net – É aquela conta ainda de fazer mais ou menos 80% dos novos conselheiros?
Kalil Rocha Aballa – Não, não tenho conta nenhuma de 80%.

Gazeta Esportiva.net – O senhor já disse em eventos que…
Kalil Rocha Aballa – [interrompe] Não, senhor. Não, senhor. Não, senhor. Não disse isso. O São Paulo tem 240 conselheiros. Cento e sessenta são vitalícios, 80 conselheiros serão eleitos. É isso. Quem ganhar, ganhou. Não falei nada de 80%, jamais falei isso.

Gazeta Esportiva.net – O senhor falou que tinha uma ideia de tentar fazer 80% dos novos conselheiros.
Kalil Rocha Aballa – Não, não, nunca usei porcentagem. Eu quero, é claro, hoje, o Juvenal tem 64 (conselheiros), e nós temos 16 (20%). Nós, não, a oposição tinha 16. Eu quero reverter isso. Falei que eu queria ter 60, e ele com 20, não sei, por aí. Isso, eu falei, mas não falei em percentual nenhum, porque eu não sei fazer conta.

Gazeta Esportiva.net – Qual sua principal proposta para a parte social e também para o futebol?
Kalil Rocha Aballa – No futebol, evidentemente, vou encontrar um negócio no meio do caminho. Quero modificar o estatuto, tenho apregoado isso, que vou modificar o estatuto. Meu mandato irá até abril de 2017. Se eu quiser prorrogá-lo, vão cair de pau em cima de mim. Para eu evitar isso, pretendo diminuir isso. Vou diminuir meu mandato. Meu mandato vai terminar em dezembro de 2016. Provavelmente – não sei ainda, vamos estudar -, eu entregue no dia 16 de dezembro, dia do aniversário do São Paulo. A gente poderia marcar essa data com sendo a de entrega, e faria a eleição em outubro, novembro, para poder ter um período de transição. Para não ser como é hoje, em que termina a eleição e se toma posse. Não dá tempo nem de limpar a gaveta. Tem que dar um mês de prazo, faz a transição e assume direitinho. E por que dezembro? Porque você passa a ter a janela para contratações, entra já em férias. Então, você está folgado para poder cuidar das coisas. É o primeiro campo que pretendo modificar. Esse é o primeiro ponto. O que é que você perguntou aí?

Gazeta Esportiva.net – Sua principal proposta para o futebol e sua principal proposta para o social.
Kalil Rocha Aballa – Proposta do futebol, eu não sei. Tenho que assumir para poder verificar. No meio do campeonato, eu não sei o que vai acontecer.

Gazeta Esportiva.net – Isso, o senhor já disse. E o social?
Kalil Rocha Aballa – O social, sim. Eu quero, não vão gostar, mas, não que eu seja contra a cobertura, nem contra a arena, nem contra a garagem. Isso, não. Mas eu vou deixar isso para depois, porque entendo que cobertura era necessária para fazer Copa do Mundo. Não foi feita, perderam. Por culpa de quem? Por culpa dessa atual diretoria. Juvenal Juvêncio foi contrário, brigando o tempo todo com a presidência da CBF, da FPF. Isso não permitia fazer nenhuma concessão, não tinha conversa com ninguém. Achando que ele era o amigo do presidente da República, esqueceu-se que Andrés Sanchez (ex-presidente do Corinthians) era mais amigo do que ele, que Andrés Sanchez era companheiro de torcida (do Lula), é corintiano. Com suas atitudes, o Juvenal conseguiu com que o Corinthians tivesse o seu campo. Hoje, a Copa do Mundo será no Itaquerão. Sendo a Copa do Mundo lá, não tenho a necessidade de fazer a cobertura correndo, em um mês, como está se pretendendo. Será estudado devidamente e pretendo fazer, se possível. Mas o que eu reputo como mais importante, e ninguém está falando, é o problema da inundação, problema do córrego, problema da chuva. Isso, ninguém cuida. Isso não é da diretoria do São Paulo? É! Porque tem que ir atrás do poder público para reformar e atualizar isso. Isso é o mais importante. Houve uma inundação na porta, na semana passada. Estão escondendo, porque um ano atrás teve inundação da piscina. Desta vez, carros estavam boiando na frente do portão 7, em frente do clube. Ninguém cuida. Em segundo lugar, pretendo fazer, sim, um estacionamento. Mas não aquilo que estão anunciando. Aquilo não existe, não tem projeto, não tem plano, não tem proposta, não tem planta na prefeitura. Estão pondo em frente a um prédio do Artigas (João Batista Vilanova Artigas, arquiteto falecido em 1985), que é tombado. Não poderá ser feito ali, naquele local. Já tem área construída mais do que o suficiente, e a prefeitura não vai autorizar. Primeiro, por causa do tombamento, é área envoltória de tombamento. Em segundo, aquele local ultrapassa a área já permitida para construção. O que eu pretendo fazer, embaixo do campo social, é uma garagem para 1.700 carros. Mais ou menos isso, o projeto não está pronto, concluído, mas este é o projeto.

Reprodução/Facebook

Uma das propostas da oposição é criar um estacionamento com 1.700 vagas embaixo do campo social do clube

Gazeta Esportiva.net – O senhor fez parte da diretoria do Juvenal Juvêncio e saiu no ano passado. Qual foi o estopim para querer sair?
Kalil Rocha Aballa – Fui procurado (pela oposição), fui maltratado pelo presidente, em um determinado dia, mas isso não seria de maior importância. Houve um acúmulo de coisas, e aí o pessoal da oposição me procurou dizendo que eu tinha o perfil para ser o candidato, me chamaram, e eu aceitei.

 

Gazeta Esportiva.net – Teve algo que o Juvenal tenha feito contigo, alguma ordem que o senhor não tenha aceitado?
Kalil Rocha Aballa – Não foi nada de ordem administrativa, não. Ele se exacerbou dentro do vestiário, gritou comigo. Eu respondi no mesmo tom, e aí acabou. Foi no dia do jogo entre São Paulo e Goiás, se você quer saber. Um pouco antes de começar o jogo.
Nota da redação: relembre o bate-boca revelado pela reportagem clicando aqui.

Gazeta Esportiva.net – Qual seu relacionamento com federações e dirigentes de outros clubes? No ano passado, o Palmeiras, do presidente Paulo Nobre, fez uma ação com a Santa Casa…
Kalil Rocha Aballa – Tenho relação com todo o mundo. Eu apenas posso ressaltar que… Não tenho nada com o Palmeiras (risos), mas curiosamente o Belluzzo (Luiz Gonzaga Belluzzo, presidente do Palmeiras entre 2009 e 2010) foi meu colega de sala do ginásio até a faculdade. Estranhamente, o Belluzzo não é economista, fez curso de Direito, na minha turma. O Luis Álvaro (Luis Álvaro de Oliveira Ribeiro, presidente licenciado do Santos) fez a primeira série do ginásio comigo, depois mudou de colégio. Então, tenho trânsito com muita gente. O próprio Marco Polo Del Nero, quando eu fui juiz do TJD (Tribunal de Justiça Desportiva), na década de 1970, o Marco Polo era o advogado do Palmeiras, fazia a defesa do Palmeiras. Então, tenho contato com todo esse pessoal do futebol de longa data. Só não tenho ligação maior com o Corinthians, mas estive sempre com alguns. O Wadih Helu (presidente do Corinthians entre 1961 e 1971) era muito meu amigo. Tive contato com todo aquele pessoal antigo. Com os atuais dirigentes do Corinthians, não, mas farei amizade e conversarei com eles, sem problema nenhum. E eu propugno justamente acabar com tudo isso. Gostaria de ter partidas de futebol preliminares, como antigamente, com sub-17, sub-18, sub-20, com essa meninada. Seria um atrativo, diminuiria essas brigas entre torcidas. E tenho impressão de que, com o congraçamento desse pessoal todo, fica muito mais fácil.

Sergio Barzaghi/Gazeta Press

Candidato a presidente do São Paulo tentará também reeleição como provedor da Santa Casa de Misericórdia

Gazeta Esportiva.net – Aproveitando que citou o Marco Polo Del Nero, ele é um bom nome, na opinião do senhor, para a eleição da CBF? Ou prefere não opinar?
Kalil Rocha Aballa – O Del Nero é um bom nome, mas não estou dizendo para a presidência da CBF. Eu não sei, isso não é problema meu. Eu não estou cogitando isso. Quem vai eleger o presidente da CBF são os clubes e o presidente do São Paulo, no dia 16, segundo me consta. Nesse dia, o presidente será ainda Juvenal Juvêncio.

 

Gazeta Esportiva.net – O que o senhor achou da nomeação do Leco (Carlos Augusto de Barros e Silva, atual primeiro vice-presidente do clube) como candidato à presidência do Conselho Deliberativo por parte da situação?
Kalil Rocha Aballa – Problema dele, não sei.

Gazeta Esportiva.net – A oposição também pretende lançar um nome?
Kalil Rocha Aballa – A oposição não escolheu ainda seu candidato, mas provavelmente vai ter um candidato. Poderá até ser o Leco. Depende de conversas. Sobre essa parte política, a gente vai conversar, vamos trocar ideias e ver o que dá para fazer.

 

Fonte: Gazeta Esportiva

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