Lúcio festeja evolução e vê futebol brasileiro no nível da Europa

O zagueiro Lúcio deixou o futebol brasileiro em 2001. Atuou no Bayer Leverkusen, clube que na época tinha destaque entre os grandes europeus, e depois nos gigantes Bayern de Munique, Internazionale e Juventus, até voltar ao São Paulo. Ou seja, conhece como poucos o futebol do Velho Continente. E é com essa autoridade que, depois de dois meses no Morumbi, ele afirma que o nível do esporte em seu país consegue se equivaler ao que encontrou no exterior.

Para o zagueiro, a presença de craques no Brasil, ou que retornam ou que demoram mais a sair, dá novo status aos campeonatos. Conhecido por seu empenho dentro de campo, o ex-capitão da seleção brasileira também afirma que tanto lá quanto cá, a disposição é um fator importante para decretar o vencedor.

– Hoje o futebol brasileiro alcança os níveis da qualidade do futebol europeu. Está crescendo, aumentando sua qualidade. Mas a qualidade é igual em qualquer lugar. Vai prevalecer quem tiver mais disposição. Na Europa e no Brasil, vencem os melhores.

O que talvez ainda deixe a desejar é a organização dos torneios no país e na América do Sul. A Libertadores, por exemplo, vem tendo seus problemas escancarados, principalmente depois que o torcedor boliviano do San José, Kevin Espada, de 14 anos, morreu atingido por um sinalizador disparado de onde estava a torcida do Corinthians. Lúcio reconhece que há diferenças na organização, mas, político em suas declarações, prefere desviar o foco para o confronto entre os times dentro de campo.

– Qualquer competição sempre tem algo a melhorar na parte da organização. Fiz poucos jogos na Libertadores, é difícil ter uma definição, mas ela é conquistada dentro de campo.

Outra evolução festejada por Lúcio é a sua própria, em relação ao que vinha apresentando nas primeiras rodadas. Titular de Ney Franco desde que chegou e elogiado por sua condição física aos 34 anos, o jogador admite que ainda pode melhorar mais, mas não consegue precisar quanto de sua capacidade já consegue desempenhar.

– É difícil apresentar um parâmetro de toda carreira em dois meses no São Paulo. A temporada se iniciou em janeiro, esperamos que o crescimento ocorra a partir de agora. Os dois meses aqui vão me ajudar a jogar no futebol brasileiro.

Enquanto ainda tenta atingir seu máximo, Lúcio prefere não falar muito em seleção brasileira. Ele não é convocado desde a derrota na Copa América de 2011, quando era capitão, ainda sob o comando de Mano Menezes. O fato de ser um velho conhecido de Felipão, com quem disputou e ganhou a Copa do Mundo de 2002, o anima, mas ele só pensa em estar bem no Tricolor.

– Minha principal ideia é estar bem adaptado ao São Paulo. Essa decisão não cabe a mim, é do treinador da Seleção. O principal é executar bem meu papel aqui e esperar. Se acontecer ou não, vou continuar trabalhando de cabeça erguida – disse o zagueiro, que disputou os últimos três Mundiais com a camisa amarela: 2002, 2006 e 2010.

 

Fonte: Globo Esporte

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