Laudo libera Mogi, que não costuma ter carga de ingressos superior a 20 mil

São Paulo e Ponte Preta começam a definir uma vaga na final da Sul-Americana na próxima quarta, mas pode-se dizer que o Tricolor já saiu na frente. A Conmebol vetou o Moisés Lucarelli como palco do segundo jogo e a Macaca terá de levar a partida para Mogi Mirim, já que seu estádio não tem capacidade para receber 20 mil pessoas, mínimo exigido pela entidade. No entanto, isso não quer dizer que essa quantidade de ingressos estará à venda no Romildo Ferreira.

Existem quatro laudos no site da Federação Paulista de Futebol. O de segurança, com validade até o próximo dia 29 (dois dias depois do jogo), diz que a capacidade é de 19.900. Porém, o mais recente, feito pelo corpo de bombeiros e com validade até maio do ano que vem atesta que o local pode receber até 20.579 pessoas. Este último será mostrado à Conmebol para garantir a realização do confronto brasileiro em Mogi Mirim.

– O que acontece é que, às vezes, a Polícia Militar ou o corpo de bombeiros restringe a capacidade de ingressos por conta da divisão entre torcidas. Mas aí não tem muito o que fazer, se houver interferência vão ter que aceitar. Acho que a Conmebol vai aceitar esse local e não vai fazer nada. Até porque não vai ter muito tempo – declarou Marcos Marinho, diretor de Prevenção e Segurança da Federação Paulista de Futebol.

O último jogo de maior apelo que aconteceu em Mogi foi entre Corinthians e Atlético-PR, no início de outubro. A diretoria do rival colocou à venda cerca de 19 mil ingressos.

Na tentativa de manter o jogo em Campinas, o presidente da Ponte, Marcio Della Volpe, esteve no CT da Barra Funda na última quarta-feira para tentar negociar com o São Paulo. Mas Juvenal Juvêncio não o atendeu e o Tricolor reiterou que, de acordo com o regulamento, não poderia aceitar o Moisés Lucarelli.

Até o fim da tarde de sexta, os clubes não haviam recebido a notificação oficial da Conmebol. A relação entre Ponte Preta e Mogi Mirim é boa e o acordo deve ser feito no início da próxima semana.

Confira um Bate-Bola com Marcio Della Volpe, presidente da Ponte Preta:

Como você recebe a decisão da Conmebol de que o jogo não será realizado no Moisés Lucarelli?
Não recebemos nada oficial ainda da Conmebol. Então, sem isso, não vamos nos pronunciar.

Qual é o plano B?
Mogi mirim, é o único. Tem capacidade para 20.534.

Você tentou contato com dirigentes são-paulinos? Obteve sucesso?
Estive no CT do São Paulo na última quarta-feira. Tentei falar com o Juvenal (Juvêncio, presidente do São Paulo), mas ele não me atendeu. O João Paulo (de Jesus Lopes, vice de futebol) me atendeu. O São Paulo alegou falta de segurança e que eles poderiam tirar o mando de campo pelo regulamento.

Fica alguma lamentação em relação a esse episódio envolvendo Ponte Preta e São Paulo?
Claramente, fica aqui a insatisfação e indignação de um clube irmão. Ele (São Paulo) prefere alegar que há falta de segurança em vez de ter bom senso. Mesmo sendo próximo, uma cidade que queria participar do jogo, um estádio bem adaptado e com segurança. Mas se o São Paulo acha por bem, vamos entrar em campo para jogar onde for.

Fonte: Lance

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