Juvenal fala em mudança no estatuto após falta de conselheiros em votação

A diretoria do São Paulo esperava que o projeto de modernização e de construção da cobertura do Morumbi fosse aprovado na última reunião do Conselho Deliberativo, que aconteceu nesta terça-feira, no Salão Nobre do estádio. Contudo, devido ao boicote de conselheiros da oposição, não houve votação e o presidente Juvenal Juvêncio já tem a solução para acelerar a aprovação: uma nova mudança no estatuto.

Conforme determina o estatuto do clube, pelo menos 177 conselheiros dos 235 totais (75% portanto) precisam estar presentes para que haja qualquer votação. Na reunião de terça, o quórum foi de aproximadamente 140 são-paulinos, número não suficiente para a continuidade do processo. Juvenal, então, afirmou que pretende reduzir o contingente mínimo de conselheiros para evitar novos vetos por parte dos oposicionistas.

– Vamos rapidamente nos reunir e vamos propor uma solução que dê vazão ao obscurantismo. Se juntassem os 30 deles aqui mais os 140 nossos lá, também não dava. Isso alguém escreveu na fundação do clube. Estavam fazendo o estádio, e tinham pessoas com medo de vendê-lo, porque não podia pagar. Então, provou-se que tinha de ter 75% dos votos (para aprovação). Isso perdeu-se no tempo. Não vale mais. Vamos mudar isso, brevemente – disse o mandatário, logo após a reunião.

Essa não seria a única mudança no estatuto promovida pelo presidente são-paulino. Desde 2006 no poder, Juvenal conseguiu em 2011 chegar a seu terceiro mandato, o que não era permitido desde a fundação do Tricolor. A 8ª Câmara do Tribunal de Justiça de São Paulo, porém, reconheceu na última semana a legitimidade da alteração estatutária.

Tal ação teve o de Carlos Miguel Aidar, advogado e candidato para a sucessão de Juvenal à presidência no ano que vem. Ex-presidente do clube, Aidar e seu escritório de advocacia foram os responsáveis pela vitória no processo de legitimação do terceiro mandato.

Fonte: Lance

 

Nota do PP: Vem mais um golpe por aí. Essa diretoria está se especializando em cometer “casuísmos”. Ao invés de dialogar com a oposição, tornar claro o que se pretende, mostrar os contratos e as auditorias realizadas, prefere mais uma vez partir para o golpe estatuário para aprovar, a qualquer custo, seu projeto. Típico da tirania.

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