Intensidade! Não é a primeira nem a última vez em que você, leitor, vai ver essa palavra no futebol. Técnicos cada vez mais usam o termo, hoje uma espécie de norte para o São Paulo. A 19ª colocação no Brasileirão, com 23 pontos, ligou o sinal vermelho no Morumbi. O técnico Dorival Júnior e os jogadores sabem que para mudar a situação é preciso ter… INTENSIDADE!
A definição da palavra no futebol é atacar e defender com o mesmo padrão. Pressionar rapidamente a marcação no local da perda da posse de bola. Recompor e compactar linhas com agilidade. Solidariedade entre jogadores para todos se posicionarem com perfeição. Essas e outras são características de um time com esse atributo.
Na visão da comissão técnica, a intensidade é o ponto chave para o São Paulo voltar a vencer jogos e sair da situação incômoda, nas palavras de Petros. O volante, aliás, usou o termo para definir como foi a atividade da última segunda-feira, no CT da Barra Funda.
– No treino foram jogadas normais (envolvendo Jucilei e Marcos Guilherme), mas a intensidade é bacana. Treinar como vai jogar é fundamental. Se treina intensamente como foi hoje (segunda)… É um esporte. Você pode ganhar, empatar ou perder. Mas com espírito de vencedor, dificilmente as coisas dão erradas – disse Petros.
Mudar a intensidade do time é a principal missão da comissão técnica do São Paulo. Esse é o diagnóstico do motivo pelo qual o Tricolor não consegue ganhar jogos. O problema é que adquirir isso leva tempo, artigo raro nos três meses finais do ano.
– Vínhamos cobrando uma mudança de postura em relação a um posicionamento que começamos a exigir. Houve uma boa reação dos atletas. A semana foi mais intensa, com uma resposta melhor. Em razão dessa resposta a gente crê que a produtividade em campo se transforme também, se modifique um pouco, pois temos de ser mais intensos, buscar com mais vivacidade a cada lance, a cada jogada, em cada movimento. Isso é fundamental para a reação – disse Dorival, ao site do clube.
No próximo sábado, às 19h, o Tricolor receberá a Ponte Preta, no Morumbi, em confronto direto para fugir do Z-4. A equipe de Campinas tem 27 pontos, na 13ª posição.
Para sair da zona de rebaixamento na próxima rodada, o São Paulo tem que fazer a sua parte e torcer por uma combinação de resultados. Entre derrota do Coritiba (para o Atlético-PR) e empates de Vitória (com o Fluminense), Chapecoense (com o Cruzeiro) e Avaí (com o Sport), ao menos três desses resultados precisam acontecer.
Intensidade é diferente de correria. Intensidade, num time, caracteriza-se por todo o time correndo junto, cada qual sabendo o que vai fazer e como fazer. Não um amontoado correndo – muito, como tem sido – de qualquer maneira, cada um por si.
Outra coisa: pra se ter intensidade num jogo deve-se evitar, sobremaneira, fazer faltas a toa. Se não for bem planejada, a intensidade, confundida com a pressa, vira um festival de faltas que vão truncar o jogo, e, portanto, o jogo deixará de ser intenso. Também para ser intenso, o time há de posicionar suas linhas bem próximas entre si para não dar espaço ao trabalho do adversário e roubar, sem faltas e rapidamente, a bola o mais perto do gol adversário.
Espero ver nosso time fazendo isto no sábado; caso contrário, bye bye DJ…
Muito bom seu comentário.
Se o Dorival conseguisse fazer os jogadores atuarem dessa forma como vc explanou, estaríamos no mínimo na Libertadores.
O problema é que além de não ter causado um choque no elenco desde que chegou, e contra os piores times do campeonato teve um aproveitamento horrível onde perdeu pontos e jogos que teoricamente seriam pontos e vitórias certeiras contra os times que lutam diretamente contra o rebaixamento.
Tomara que o Dorival tenha acertado o time nesses 14 dias de treino, mas se não vencer a Ponte Preta eu gostaria que ainda fosse demitido no vestiário.
Não falo nada, só observo.
Coitado deles