Quem acompanha as categorias de base do futebol brasileiro certamente já está acostumado a ouvir falar de André Jardine, 39, que será o comandante do São Paulo nas últimas cinco rodadas do Campeonato Brasileiro após a saída de Diego Aguirre.
Auxiliar permanente da comissão técnica do clube tricolor, ele tem um extenso currículo nas competições de jovens jogadores.
Natural de Porto Alegre, Jardine trocou a engenharia civil pela educação física aos 20 anos pelo sonho de ser treinador. Em 2003 foi contratado pelo Internacional e, em 10 anos, passou do sub-10 ao sub-20, antes de ser chamado para as categorias de base do Grêmio. Somou mais de 30 taças conquistadas pelos dois clubes gaúchos.
Sua história com o São Paulo começou em 2015, quando o então coordenador da base do São Paulo Júnior Chávare, que havia levado o treinador para o Grêmio, resolveu contratá-lo.
“Quando vim para o São Paulo nós identificamos uma estrutura muito bem montada, qualidade de material humano, mas faltava lapidação, um trabalho específico, um técnico que trabalhasse a individualidade dentro do conjunto. Talvez seja esse o grande diferencial do Jardine”, contou Chávare, hoje executivo da K2 Soccer, empresa que administra o Tubarão de Santa Catarina, à Folha.
No São Paulo, recebeu a missão de ser a linha de frente de um dos departamentos de base com maior investimento do Brasil. E os resultados não decepcionaram: levou o sub-20 do São Paulo aos títulos da Copa Ouro, Copa do Brasil, Copa Rio Grande do Sul e Copa Libertadores.
“André é uma pessoa de fino trato, culto, educado e muito ligado à família. Mostrou-se excelente companheiro de trabalho, honesto e leal”, disse Luiz Cunha, ex-diretor das categorias de base do São Paulo que trabalhou com Jardine, à Folha. Ele também exaltou os “métodos modernos” do treinador de trabalhar.
Nos últimos anos, André teve a chance de trabalhar com grandes nomes do futebol brasileiro, como Luiz Felipe Scolari e Muricy, Ramalho. Além disso, é fã confesso de nomes como Tite, Paulo Roberto Falcão e Abel Braga.
O que falta ao treinador, porém, é experiência treinando equipes profissionais. Em sua carreira, teve apenas curtas participações como interino nos clubes em que trabalhou.
“Ele representa um projeto, do clube, de ter uma comissão permanente e ter uma política de carreira aqui dentro. A chegada de Jardine não é algo inesperado, mas que estava planejado”, disse Raí, diretor-executivo de futebol do clube, no início deste ano, após a saída de Dorival Júnior, em um dos momentos em que Jardine assumiu a equipe principal interinamente.
Na ocasião, Jardine comandou a equipe nas vitórias sobre o Red Bull Brasil por 3 a 1, no Campeonato Paulista, e sobre o CRB, por 3 a 0, pela Copa do Brasil.
Ele nunca escondeu o desejo de, um dia, assumir o posto de maneira definitiva.
“É um sonho que a gente tem, […] as pessoas de uma forma geral devem ter sonhos. Não existe data, não me cobro e não tenho pressa também”, declarou em depoimento ao site oficial do São Paulo, em fevereiro.
“Jardine teve a oportunidade de ser interino no Grêmio e passou por esse processo no São Paulo. Ele precisa de tempo e paciência. Sabemos que no profissional são duas variáveis que muitas vezes os técnicos não se têm”, complementou Chávare.
O dirigente afirma que Jardine sabe como administrar o vestiário, o que será necessário para conter as recentes tensões no elenco. A última com Nenê, que mostrou descontentamento por ter sido deixado na reserva por Aguirre.
Buscando a realização do seu sonho, Jardine fez em outubro uma viagem para o exterior, bancada pelo próprio clube, com o objetivo de acompanhar treinos e jogos de grandes equipes do futebol mundial. Um dos clubes visitados foi o Barcelona, onde o técnico se encontrou os brasileiros Arthur e Phillippe Coutinho.
Em seu perfil nas redes sociais, Jardine defende o futebol ofensivo. Compartilha trechos do livro de Guardiola, vídeos com análises táticas da seleção espanhola e de Sergio Busquets, além de entrevistas com jogadores como Xavi, volante ex-Barcelona.
O profundo conhecimento da base deve contar a favor de Jardine, já que o São Paulo passa por um momento delicado, com um elenco enxuto e com jogadores importantes já em idade avançada para o futebol, como Nenê, 37, e Diego Souza, 33.
O melhor aproveitamento dos jovens do CT de Cotia, inclusive, é um dos principais debates dentro do departamento de futebol do São Paulo nos últimos anos e foi fator determinante para o então técnico do sub-20 conquistar a vaga de auxiliar permanente da comissão técnica, em fevereiro.
“O Jardine vai ser primordial porque conhece os jovens, para melhorar a transição da base ao profissional”, declarou Raí na ocasião.
Fonte: Uol
Nada contra o Jardine, ao contrário gosto dele e fez um grande trabalho na base com garotos em formação vencendo titulis e revelando alguns mlks, se mostrou muito capacitado e vencedor dentro desta etapa de formação do jogador de futebol, mas como técnico de um time profissional que é muito diferente do que trabalhar com garotos ,ele ainda não foi.
Pode dar certo? – Pode sim, mas seria um acontecimento inédito e raro, já a chance de dar errado é enorme e daí vir a perder um grande profissional para lapidar jovens da base é grande, saindo para tentar ser técnico em outro time num suposto insucesso.
O SPFC não tem uma estrutura sólida para alçar alguém a profissão de treinador de futebol vide a sofrível história do SPFC com treinadores desde a saída do Muricy em 2009.
Uma coisa é inegável, essa geração de administradores(?)
e conselheiros do SPFC nos últimos anos, só nos envergonham e não representam o que já foi a história vitoriosa do SPFC justamente pela capacidade de administrar um clube de futebol e torná-lo gigante.
Já perdi a esperança de ver o SPFC campeão com um presidente como o Leco.
Mais uma vez vamos recomeçar em 2019 , para ao final do ano ter um time para disputar títulos em 2020 , não sem antes ter aquela baciada de jogadores medíocres ou ex jogadores em atividade ,enganando jogar futebol e recebendo fortunas.
Com 3 técnicos por ano não se ganha título nenhum.
Boa sorte ao jardine . Em 2019 o sp tem td pra ter mais um ano padrão, ou seja, com eliminações humilhantes e um brasileirão medíocre. Com o jardine no comando espero ao menos um time que volte a jogar com o DNA do sp , sempre pra frente em busca do gol e não esperando na defesa os times adversários virem pra cima em pleno Morumbi!!
Aposta é sempre uma aposta. O percentual de erro em situações dessa natureza é elevado. Como torcedor espero que dê certo e que o “sistema” não o estrangule. Nenê & Cia. é um perigo à vista para o sucesso do André.