Indefinição de esquema tático no São Paulo privilegia coringas

Nas últimas partidas, o São Paulo alternou esquemas táticos. Por vezes, joga com três atacantes, utilizando apenas três jogadores no meio de campo e Jadson como principal articulador. Em outras ocasiões, volta a jogar com quatro no meio de campo, quando entra Ganso ao lado do camisa 10. Nem mesmo os jogadores sabem que esquema é o preferido pelo treinador. Isso gera uma certa apreensão até nos próprios atletas, que não conseguem definir sua titularidade.

Graças a isso, coringas acabam ganhando espaço na equipe, como é o caso de Maicon. Ele pode atuar em praticamente todas as posições do meio de campo. Na vitória desta quarta contra o São Caetano, foi titular. Questionado se pode ser considerado um titular do time, o jogador hesitou antes de responder e mostrou certa dúvida.

“Pela qualidade do grupo, o professor Ney tem que colocar 11 em campo. Tem mais jogadores de qualidade que não são relacionados e têm condição de ser titular. Aqui a concorrência é grande, mas isso é bom para o São Paulo, porque a gente entra forte em todos os jogos. Desde o primeiro dia da pré-temporada venho buscando meu espaço. Teve jogos que não entrei, temos que respeitar quem está jogando, mas temos que estar preparados pra entrar bem, colocar uma dúvida na cabeça do técnico. Tem que ter variação, não adianta forçar com um esquema só, com as outras equipes já sabendo como a gente joga”, disse
Outro que ganhou espaço justamente pela capacidade de atuar em várias posições é Douglas. Lateral direito de origem, o camisa 23 é frequentemente escalado como um ala avançado, quase como um ponta direita.
O treinador Ney Franco avisou que não irá se apegar a um esquema, contrariando o que ele próprio havia dito antes, que a ideia era manter e dar ritmo a uma equipe formada com três atacantes. “Não existe esquema favorito. Jogamos hoje com uma disposição diferente no meio, no próximo se achar eu vai ser dessa forma, joga. Se precisar mudar, muda. Esperamos continuar conquistando os resultados. Eu não gosto de fechar com esse conceito de ter uma forma de jogar”, concluiu.
Paulo Henrique Ganso também depende muito do esquema montado por Ney para ser titular. Se optar com quatro no meio, ele joga ao lado de Jadson. Caso a escolha seja por três atacantes, é ele quem costuma perder a vaga. Dessa maneira, o meia ainda não teve uma grande  série de jogos seguidos no São Paulo. “Todo jogador precisa de uma sequência para ganhar ritmo, porque a cada jogo que a gente entra vai ganhando confiança”, afirmou.
O próximo desafio da equipe do Morumbi será contra o Linense, neste sábado, às 18h30 (de Brasília), dentro de seu estádio. Ney Franco ainda não confirmou se irá manter a mesma formação que venceu o São Caetano ou se irá efetuar mudanças.
Fonte: Uol

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