O Santos acusa o São Paulo de aliciar o meia Paulo Henrique Ganso e promete acionar a Fifa para que interceda em favor do time alvinegro. A estratégia da equipe da Baixada de levar o caso para a Suíça não terá efeito, diz acreditar Marcos Motta, especialista em direito desportivo.
Segundo o advogado, a Fifa não se envolve em disputas nacionais, deixando o caso para as entidades locais.
“Aos que perguntam, não vejo dimensão internacional na questão entre São Paulo, PH Ganso e Santos. Portanto, a intervenção da Fifa não se justifica”, postou Motta no Twitter.
“Se esse cerco não parar, vou à Fifa como fiz com o Chelsea quando veio aqui em 2010 e achou que era só acertar salário e levar o Neymar. O Santos é um clube sério. Se o diretor de futebol do São Paulo vem a público e diz que já acertou salários com o atleta, isso não é aliciamento?”, avisou o presidente do Santos, Luis Alvaro de Oliveira Ribeiro.
O Santos reitera que apenas liberará Ganso mediante o pagamento da multa contratual, R$ 53 milhões. O time da Vila possui 45% dos direitos econômicos do atleta. A DIS detém os 55% restantes.
“É só mandar o fax com o pagamento da multa que liberamos para quem for”, avisou o presidente do Santos, Luis Alvaro de Oliveira Ribeiro.
Em meio ao interesse do São Paulo em contar com Ganso, o Santos ofereceu aumento salarial ao meia, que recusou a proposta.
Motta atuou em diversas disputas entre clubes por jogadores, entre eles a confusa situação entre Corinthians, Nilmar e Lyon-FRA, em 2007. O clube paulista não tinha pagado todas as parcelas ao Lyon para contratar Nilmar. O Lyon acionou a Fifa. Motta defendeu o Corinthians, que perdeu Nilmar e ainda teve de pagar o que devia.
Em maio, Motta cuidou do caso de Leonardo Silva, do Atlético-MG, contra o antigo clube do jogador, o Cruzeiro, que não conseguiu reaver os direitos do atleta na Justiça. O advogado participou ainda da negociação de Thiago Silva, que recentemente trocou o Milan pelo PSG.
Fonte: Uol