Fabrício vai ganhando espaço para virar titular no São Paulo

A péssima atuação do São Paulo na derrota para o XV de Piracicaba escondeu algo positivo. No meio da atuação desastrosa da equipe, Fabrício destoou e foi um dos poucos que se salvaram. O volante, que ainda busca seu melhor ritmo de jogo após ter passado o ano passado praticamente inteiro machucado, teve boa atuação e deu mais um passo para entrar de vez na briga por uma vaga na equipe.

Até Ney Franco elogiou o desempenho do atleta, que mais uma vez ficou os 90 minutos em campo. “Fez um bom jogo o Fabrício, foi um dos que se destacaram”, disse o técnico. As palavras ganharam peso porque o treinador reprovou o desempenho de praticamente todo o time.

Mas ao menos em tese, nem mesmo a boa atuação contra o XV deve lhe dar uma chance de ser titular na quarta-feira contra o Atlético-MG. Foi o próprio jogador que revelou já ter sido avisado de que não começará jogando. “A chance de eu jogar é zero, o Ney já deixou isso claro para mim. Estou correndo por fora nessa disputa e me preparando para quando ele precisar de mim eu honrar essa camisa”, afirmou. A justificativa do treinador é de que Fabrício ainda está fisicamente abaixo dos demais e passa por um momento de readquirir ritmo de jogo, mas a nova atuação mostrou que sua hora pode estar chegando.

Apesar de estar em desvantagem em relação a Wellington e Denilson, Fabrício tem um fator inesperado que pode ajudá-lo. Denilson deixou o jogo no sábado aos 37 minutos alegando cansaço e vem de atuações muito ruins. Por isso, embora continue como favorito na disputa, pode ser sacado caso seja detectado algum problema.

“Prefiro fazer uma avaliação mais detalhada quando encontrar o Denilson e os fisiologistas e preparadores físicos. Ele foi substituído no intervalo e não consegui falar com ele depois, mas vamos tratar desse problema”, disse o treinador.

ANSIEDADE
Acostumado a decisões, Fabrício admite que o foco do grupo já está na partida contra o Atlético há alguns dias e que a situação delicada do Tricolor no Grupo 3 deixou os jogadores ainda mais ligados. “É difícil trocar o chip. Claro que queremos ganhar, mas precisamos ter tranquilidade. É preciso superação, fazer o impossível. Porque o futebol é bom porque o impossível às vezes acontece”, filosofou.

Para motivar o grupo, o volante lembra de uma situação vivida contra o próprio time mineiro na época em que defendia o Cruzeiro. “Não é surpresa um time estar jogando mal e de repente encaixar. No Brasileiro de 2011, se empatássemos com o Atlético nós cairíamos (para a Série B), mas enfiamos seis (o jogo acabou 6 a 1 para o Cruzeiro).”

Fonte: Estadão

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