Ex-Tricolor e Galo, Cicinho afirma que torce pelo São Paulo

Quem acha que todo são-paulino assistirá ao jogo desta noite, contra o Atlético, às 22h, se engana. Personagem decisivo na conquista do título da Libertadores de 2005, Cicinho não esconde sua torcida pelo Tricolor, mas só saberá se o clube conseguiu passar de fase perto da meia-noite. Também às 22h, o lateral-direito também entra em campo e vai defender o Sport pela Copa do Brasil.

Inaldo Freire, preparador físico do time pernambucano, será uma das primeiras pessoas que Cicinho era conversar após o apito final no Recife.

– Ele tem um aplicativo no celular que mostra os resultados de todos os jogos. Ele fica no banco acompanhando e nós sempre perguntamos para ele os placares das outras partidas – afirmou o jogador de 32 anos.

Cicinho chegou ao São Paulo em 2004 para vencer o Paulista, a Libertadores e o Mundial no ano seguinte. Antes, o lateral jogou três temporadas no Atlético-MG, rival desta noite.

Como o tempo passou, ele praticamente não mantém contato com as pessoas dos dois clubes. No Galo, com ninguém. No Tricolor, a amizade é mantida com os fisioterapeutas. E Cicinho não pensa duas vezes em revelar para qual clube irá torcer:

– Devido ao momento, todo mundo está apostando no Atlético. Mas o São Paulo tem chances ainda. No Morumbi, o time é muito forte. Que o São Paulo vença para ter mais um brasileiro nas oitavas de final.

– Minha torcida é para o São Paulo. Joguei no Atlético e fui muito feliz. Mas a identidade que criei no São Paulo, sem sombra de dúvidas, é maravilhosa – completou.

Em 2010, Cicinho retornou ao Tricolor, mas não obteve sucesso. Ele chegou por empréstimo da Roma (ITA), ficou seis meses, jogou mal e retornou para a Itália. Após vencer o primeiro jogo por 1 a 0, o Sport enfrenta o Vitória da Conquista e precisa de apenas um empate para avançar na Copa do Brasil.

Confira a entrevista com o hoje lateral-direito do Sport:

Como você analisa a situação do atual time do São Paulo?

O que a gente vê é que ainda está tentando se encaixar. O Ney Franco está procurando a melhor escalação, tem muito rodízio. Mas o São Paulo é assim, tem a concorrência muito grande em todas as posições. E time grande quando não vence é muito cobrança. Se jogar duas e não vencer, o treinador é cobrado. Mas o São Paulo faz um excelente trabalho e tem muita tradição.

Acha que o Atlético-MG é o melhor time do Brasil no momento?

Sim, pelo que vem apresentando e jogando. Estão em um momento muito bom. O Cuca acertou o time, fizeram as contratações certas. Do fim do ano para cá, manteve a base e as contratações vieram. Sem sombra de dúvida, o Atlético está em uma ótima fase.

Quando alguém fala do São Paulo, você já pensa nas conquistas de 2005?

A minha história la é muito bonita. Eu agradeco a Deus por ter me proporcionado isso. Como torcedor, tenho que torcer pelo São Paulo, não tem jeito. 2004 e 2005 foram os melhores momentos da minha carreira.

Aquele time campeão em 2005 não desistia nunca e mostrava muita raça. Às vezes, você chutava a bola para a lateral e a torcida comemorava como se fosse um gol. Esse espírito é importante em um jogo decisivo de Libertadores?

Esse espirito é o fundamental, porque o torcedor é muito exigente. Começando o jogo, vai começar a cobrança. O Atlético é um time inteligente, com jogadores que desequilibram a qualquer momento. Tem Tardelli, Ronaldinho, Jô… O Atlético sabe que se o São Paulo não começar bem, o torcedor vai pegar no pé. A torcida do lado, apoiando, e o São Paulo jogando com garra e determinação serão fundamentais.

Naquela campanha, você marcou um gol decisivo contra o Palmeiras. Quem você acha que vai decidir agora?

Eu aposto em um gol de falta do Rogério. E um de cabeça do Lúcio também.

Seu contrato acaba no meio do ano. Como está sua situação no Sport?

O meu empresário está trabalhando, tenho algumas propostas. E tenho essa conversa de renovação por mais dois anos. Foi colocado na mesa, estamos tentando chegar a um acordo. Se eu não for valorizado da maneira como estou pensando, vou ver o que é melhor para mim. Mas estamos conversando e vamos ver o que vai acontecer.
Fonte: Lance

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