Estreia de Pato expõe novo quebra-cabeça do SP após Ganso/Jadson

A boa estreia de Alexandre Pato na noite de quarta-feira, na vitória por 1 a 0 sobre o CSA, em Maceió, pela primeira fase da Copa do Brasil, mostrou que o São Paulo terá de lidar novamente com um quebra-cabeça tático por sobrecarga de bons jogadores. Depois da dificuldade encontrada para fazer com que Paulo Henrique Ganso e Jadson jogassem lado ao lado, os primeiros testes do novo reforço mostram que será difícil encaixar Pato, Ganso e Luis Fabiano em uma mesma formação.

A diferença é que dessa vez o quebra-cabeça veio por opção do técnico Muricy Ramalho, diferentemente de Ney Franco, que ganhou da diretoria o quebra-cabeça Ganso/Jadson sem pedir. Em Maceió, contra o CSA, Muricy Ramalho tirou Ganso – autor do golaço que empatou em 1 a 1 o clássico contra o Corinthians, que seria vencido pelo São Paulo por 3 a 2 – para inserir Pato no time.

Como já havia falado Muricy, Pato poderá ser usado de duas formas no São Paulo. E as duas foram testadas pelo técnico na estreia do atacante: a primeira, do time que começou o jogo, mantém o 4-2-3-1, mas troca Ganso por Pato. Ambos ocupam o mesmo espaço em campo, atrás de Luis Fabiano e entre os dois pontas, mas cada um exerce uma função. Pato chuta, Ganso dá assistência.

A outra alternativa, utilizada durante o segundo tempo, tem Pato no lugar de Luis Fabiano, com Ganso no meio de campo. Esta modifica o 4-2-3-1 e o transforma num 4-3-3 ao estilo do Barcelona de Pep Guardiola, com Pato fazendo a função do chamado “falso 9”. Dois volantes, Ganso na armação, Pato no centro do setor ofensivo entre o meio de campo e a área adversária, e dois pontas. Sem centroavante.

Nenhuma das duas opções vislumbradas e testadas contempla a utilização de Pato, Ganso e Luis Fabiano juntos. Algo que Muricy admite, e crê que só conseguirá implementar caso troque a formação tática que adotou desde seu segundo jogo após o retorno ao São Paulo, em setembro de 2013 – na reestreia, contra a Ponte Preta, ameaçou uma nova era no 3-5-2, o que durou apenas uma partida.

“Pato funcionou muito no primeiro tempo, ele ainda deixou o Luis na cara do gol no segundo tempo. Ganso e Pato [no segundo tempo], naquela altura o Pato já estava um pouco cansado. Ele é segundo atacante, não joga enfiado, não gosta. Ele é bom para jogar com o centroavante, porque confunde muito a defesa adversária. É claro que um dia dá para jogar todo mundo junto, mas tem que mudar um pouco o esquema. Mas não temos tempo para treinar, né…”, avaliou o técnico, entusiasmado com a estreia de Pato, após o jogo, em entrevista coletiva reproduzida pela Rádio Globo.

Curiosamente, um quebra-cabeça são-paulino dá origem a outro. O fracasso nas tentativas de Ney Franco, Paulo Autuori e do próprio Muricy em fazer com que Ganso e Jadson jogassem juntos fez com que o ex-camisa 10 fosse envolvido na negociação com o Corinthians para viabilizar a contratação de Pato, que assinou empréstimo até o fim de 2015. Desta vez a pedido do treinador, o quebra-cabeça anima pela boa estreia individual, mas poderá novamente deixar algum dos principais jogadores do elenco no banco de reservas.

A próxima chance de Pato será apenas no dia 9 de abril, no jogo de volta contra o CSA. O São Paulo terá de receber o clube alagoano no Morumbi uma vez que venceu por apenas um gol de diferença, e não eliminou o segundo jogo.

 

Fonte: Uol

Um comentário em “Estreia de Pato expõe novo quebra-cabeça do SP após Ganso/Jadson

  1. Situação difícil para o lambanceiro perdido. Dar muitos jogadores bons para esse tecnico limitado, confunde a cabeça dele. Para todo mundo o sensato era tirar o Pabon, mas para o prof. Pardal de araque invenção sem sentido é melhor.

    E cadê o Canete, Boschilla e o Evandro, porque nao tem oportunidades e o grosso do Ademilson tem?

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