Ao final da última partida de sua gestão como presidente do São Paulo, já na madrugada desta quinta-feira, Juvenal Juvêncio foi chamado ao vestiário do Morumbi e recebeu uma homenagem curiosa dos jogadores e membros da comissão técnica. Ao chegar lá, todos vestiam uma máscara com seu rosto.
O dirigente, que entregará o cargo daqui a uma semana (a Carlos Miguel Aidar, candidato da situação, ou ao oposicionista Kalil Rocha Abdalla, dependendo do resultado da eleição), emocionou-se e abraçou, um a um. Sua esposa, Angelina, também surpreendida pela homenagem, igualmente chorou.
“Todos os jogadores bateram palma para ele, pediram bicho a mais, ele aumentou… Foi o melhor da homenagem”, contou o técnico Muricy Ramalho, rindo. “Fazia tempo que a gente não ganhava um bichinho”.
De fato, desde a crise no Campeonato Brasileirodo ano passado, quando a equipe sofreu para escapar do rebaixamento à segunda divisão nacional, os jogadores não recebiam bonificação extra a cada jogo. Independentemente disso, todos sempre demonstraram muito carinho pelo mandatário, que, desde o ano passado, tem enfrentado com mais custo seus problemas de saúde.
“Ele se emocionou porque, como acontece com o jogador, ele vai acordar e se perguntar o que fazer amanhã. Sei que a paixão dele é o clube. Ele vai sentir muita falta do Morumbi, Ele fez o que tinha que fazer, tem história no São Paulo. Somos muito agradecidos. Eu sou particularmente agradecido, porque, em alguns momentos ruins do clube, ele foi muito parceiro. É mais um presidente importante que passa pelo clube”, comentou Muricy.
Juvenal está no poder de forma ininterrupta desde 2006, quando foi novamente eleito, depois de ter comandado o clube pela primeira vez entre 1988 e 1990. Após um primeiro mandato de dois anos, acumulou ainda dois triênios seguidos, o último graças a uma manobra estatutária. Nesse último período à frente do clube, conquistou três títulos brasileiros (2006, 2007 e 2008) e o da Copa Sul-americana de 2012.
“Passei por outras várias pessoas importantes nesse clube, que é desse tamanho por causa dessas pessoas. Cheguei aqui em 1964. Passei por Henri Aidar, Dallora, Pimenta, Laudo Natel, Galvão… O Juvenal é outro com estirão, porque é empreendedor mesmo. Se não tem dinheiro, ele manda arrumar. Ele fez crescer demais esse clube”, concluiu o treinador, a uma semana de conhecer seu novo chefe.
Fonte: Gazeta Esportiva
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