Dobradinha contra a sua maior vítima valerá o centésimo gol a Rogério Ceni

No próximo domingo, o São Paulo fará o clássico da rodada do Paulistão com o Palmeiras, em jogo marcado para as 16h no Morumbi. Para o goleiro e capitão tricolor, Rogério Ceni, além do duelo poder valer a liderança do estadual – dependendo dos resultados das partidas de Mirassol (contra o Paulista) e Corinthians (contra o Prudente) – também poderá ficar marcado como o dia em que ele chegou ao histórico número de 100 gols na carreira. Para isso, o camisa 1 terá de fazer uma dobradinha, coisa que já ocorreu em outas cinco ocasiões na carreira. Até agora, ele tem 98 tentos.

Um fator que pode dar esperança ao torcedor são-paulino de ver o seu ídolo quebrando a marca no fim de semana é que o Palmeiras é a principal vítima do goleiro-artilheiro. Ele já marcou sete vezes contra o time do Palestra Itália. Destes, quatro foram contra Marcos, dois contra Sérgio e um contra Diego Cavalieri.
Ceni poderia estar mais perto da marca centenária se tivesse marcado o pênalti que desperdiçou no último sábado, na partida contra o Bragantino, que terminou com a vitória tricolor por 4 a 0. Na saída do gramado, inclusive, ele até brincou com o seu erro.

– Eu bati muito mal o pênalti. O time todo foi muito bem, menos eu…

Nas dobradinhas marcadas pelo “quase centenário” (veja no quadro), duas chamam a atenção. Em 2005, em partida contra o Tigres (MEX), pela Taça Libertadores da América, o goleiro já havia marcado dois gols de falta quando houve um pênalti. Ele partiu para cobrança e, se fizesse o gol, entraria para a história como o primeiro goleiro a marcar três vezes em um mesmo jogo. Porém, exagerou na força e a bola foi por cima do gol.
Já no ano seguinte, os dois gols no empate por 2 a 2 contra o Cruzeiro, no Mineirão, pelo Campeonato Brasileiro, fizeram ele quebrar a marca do paraguaio Chilavert e se tornar o maior goleiro artilheiro de todos os tempos. Na ocasião, para coroar sua atuação, ele ainda defendeu um pênalti cobrado pelo meia Wagner quando os mineiros ainda venciam por 2 a 0.

Em outras três ocasiões, o goleiro fez dois gols num mesmo jogo: em 1999 diante da Internacional de Limeira, em 2004 contra o Figueirense e em 2008 sobre o Vasco.

O último gol marcado pelo camisa 1 foi na vitória de 3 a 2 sobre a Portuguesa, no dia 13, em partida realizada no Canindé. Após o duelo, ele disse que não se sentia pressionado para chegar ao gol histórico. Para o capitão, o mais importante é o time sair vencedor de campo.

– Vou ser sincero: cada gol tem o mesmo sabor. Essa marca que vocês impuseram para mim, talvez por ser número redondo, com três casas, pode chamar a atenção. Mas juro por Deus que é bacana quando vem o gol, independentemente do número, mas é melhor quando se tem a vitória – ressaltou o goleiro artilheiro.

Do Globo Esporte

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