Diretoria entende que punição a Luis Fabiano prejudicaria ambiente

Não está descartada, mas uma punição a Luis Fabiano pela expulsão na final da Copa Sul-americana é improvável. A diretoria do São Paulo, acompanhada pela comissão técnica, entende que isso tumultuaria desnecessariamente o ambiente para a partida de volta contra o Tigre, da Argentina, no Morumbi.

Primeiro dirigente a comentar o assunto em Buenos Aires, Adalberto Baptista se esquivou. “Isso é tratado internamente. É claro que a expulsão acabou igualando a técnica das duas equipes, mas eles catimbaram o jogo inteiro, bateram, cuspiram, pisaram nos nossos jogadores”, disse o diretor de futebol.

Já o presidente Juvenal Juvêncio deu a entender que não haverá nenhuma pena ao centroavante de 32 anos. “Ele nem pode jogar mais neste ano. Temos que analisar o conjunto da obra, que não é individual, é coletiva. Conheço o Luis, ele é assim mesmo”, comentou o mandatário.

“Essas coisas, você tem que pensar com a cabeça um pouco mais fria. Não estou querendo esconder nada, não é isso. Isso tem repercussão em termos de grupo, de harmonia. É preciso pesar tudo. Não é uma coisa personalíssima, é de um conjunto de pessoas. Vamos penar isso com calma”, acrescentou Juvenal, com tradicional espontaneidade.

O discurso do presidente foi semelhante ao de Ney Franco. Preocupado em não criar clima com o atacante, figura respeitada pelos demais jogadores, o treinador acredita ser desnecessário puni-lo.

“Não é momento para isso. O Luis é um jogador que se entrega no jogo, com determinação, vontade. Logicamente estamos falando de um jogador já experiente, mas temos que mobilizar o grupo para vencer. Criar um ambiente bom para a final. Não é hora de criar nenhuma situação desfavorável, principalmente para um jogador que nos ajudou muito, principalmente no Brasileiro”, opinou.

A partida de volta será na próxima quarta-feira, no Morumbi. Para ser campeão após o 0 a 0 em La Bombonera, o São Paulo depende de vitória simples. Em caso de empate, a decisão vai para a prorrogação e, persistindo a igualdade, para os pênaltis.

Fonte: Gazeta Esportiva

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