Denilson revela reunião de Ceni com elenco e “medo de gracinha”

O volante Denilson passou por cirurgia no joelho direito, ficou quase dois meses longe dos gramados e voltará ao time titular nessa quinta-feira, contra a Ponte Preta, no Morumbi, na reestreia de Muricy Ramalho. O jogador admite surpresa pela troca de comando, e falou sobre o incômodo de estar na zona de rebaixamento. O volante revelou que o elenco se reuniu a partir de um chamado de Rogério Ceni nesta quarta-feira, e conversou sobre a necessidade de melhorar para não acabar rebaixado no Brasileirão.

“Fizemos uma conversa antes do treino, com Rogério, com o grupo. Tivemos uma conversa entre todos os jogadores. Muitas vezes acham que nós jogadores não nos empenhamos ou não nos importamos com a situação do clube. Mas a gente não pode sair de casa pra fazer nada. Incomoda muito. Muitas vezes com medo de alguma coisa, com medo de alguém fazer alguma gracinha. A gente fica com vergonha até de ir a um shopping. Então não dá. Vamos fazer com que o Rogério termine bem. Todo mundo sabe que ele vai se aposentar, não sei se nesse ano, mas vamos fazer com que ele termine bem”, disse o volante, em entrevista coletiva nesta quarta-feira, após o treino.

Assim como outros jogadores do elenco e funcionários do clube, Denilson admitiu ter sido pego de surpresa pela demissão de Paulo Autuori, que era elogiado por todos no clube pela reconstrução do ambiente de trabalho, apesar dos maus resultados.

“Fiquei surpreso, sim, pela chegada do Muricy. Até porque o Autuori tinha feito menos de dois meses aqui no clube. Mas não posso falar nada porque é um caso da diretoria. Acharam que era melhor chamar o Muricy, ele está de volta, e espero que ele possa mudar isso, essa situação”, disse o volante.

Ex-jogador do Arsenal (ING), clube no qual passou seis anos, Denilson comparou as trocas de comando no São Paulo à permanência do treinador francês Arsène Wenger no clube inglês desde 1996 até hoje. Desde que voltou ao Morumbi, em julho de 2011, Denilson já foi comandado por Adilson Batista, Emerson Leão, Ney Franco, Paulo Autuori e, agora, por Muricy Ramalho.

“Passei cinco anos fora, Arsène Wenger está lá há 16 anos, nunca tinha passado por essa experiência. Desde que voltei, passamos quatro ou cinco mudanças. Isso é difícil porque nem sempre a culpa é do treinador, mas sim das pessoas que estão dentro de campo”, acrescentou.

O jogador ainda defendeu o goleiro Rogério Ceni, mentor da reunião entre o elenco, das declarações recentes de Ney Franco e do ex-diretor de futebol Adalberto Baptista: “Rogério é nosso capitão, líder, um cara de personalidade muito forte, mas sempre com respeito aos profissionais. Sempre soube respeitar. Não acredito nessas coisas que dizem por aí. A gente também não pode sair escutando no que cada um vai dizendo”

 

Fonte: Uol

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