Demora em negociações por renovação incomoda jogadores do São Paulo

Alguns jogadores do São Paulo relatam estar incomodados com a demora da diretoria em cumprir promessas de renovações de contratos. As críticas não chegam aos dirigentes, por temor dos atletas, mas se espalham em conversas entre o elenco, de jogador para jogador.

Os casos relatados por diferentes atletas são parecidos: o jogador recebe uma proposta de outro clube, com oferta salarial superior à que ganha no São Paulo, mas ouve da diretoria tricolor que não será negociado, mas que em compensação receberá um aumento salarial, para que não tenha vencimentos tão inferiores aos que poderia ter caso fosse vendido.

Em alguns casos, a promessa se cumpre com atraso. O São Paulo renova o vínculo e aumenta o salário meses depois da proposta. Em outros, o clube não oferece o novo contrato.

A diretoria do São Paulo alega que os jogadores que não tiveram as promessas cumpridas não receberam novos contratos porque caíram de rendimento, o que justificaria a atitude do clube. Nos outros casos, a demora no acerto é vista como natural, uma vez que o processo se inicia no departamento financeiro, passa pelo futebol e termina no jurídico.

Os jogadores, no entanto, não entendem a demora e relatam sentimento de insegurança com o modo de trabalho no São Paulo. Parte dos que se sentem atingidos pela lentidão nas negociações credita o processo demorado a discordâncias internas no clube. Pensam que um dirigente faz a promessa e depois é contrariado por outros membros da diretoria.

Os jogadores que reclamam não se dizem insatisfeitos no clube, avaliam como positivo o clima de trabalho no CT da Barra Funda, mas fazem a ressalva em comum sobre a diretoria.

Apesar da rusga, o São Paulo é visto no mercado como bom pagador. A diretoria exalta política de teto salarial, não pagada aos jogadores valores mensais tão altos como Grêmio, Fluminense e Atlético-MG, mas está no topo entre os elencos mais caros: tem custo mensal de cerca de R$ 7 milhões no futebol profissional.

O São Paulo trabalha para reforçar o elenco de 2014 e prioriza contratações de pelo menos um volante e dois atacantes – um centroavante e um de velocidade – que possam jogar como titulares. O volante Jucilei, do Anzhi Makhachkala, da Rússia, é o alvo preferido do clube, que tenta achar meios de repatria-lo. O negócio é avaliado entre 5 milhões de euros (R$ 16 milhões) e 6 milhões de euros (R$ 19,2 milhões). A DIS, braço esportivo do grupo Sonda, afirma que o São Paulo a procurou para investir no jogador e cogita a possibilidade de fazer uma última aposta antes de encerrar as atividades no mercado, no fim do ano.

A diretoria estuda nomes para reforçar o ataque. Aposta da comissão técnica para 2014, o atacante Welliton não permanecerá no clube. Ele está emprestado pelo Spartak Moscou (RUS) e terá de se reapresentar ao clube no início de janeiro. A diretoria iniciou a negociação com os russos para estender o empréstimo, mas já foi avisada que o único modelo de negociação é a compra definitiva dos direitos econômicos.

 

Fonte: Uol

2 comentários em “Demora em negociações por renovação incomoda jogadores do São Paulo

  1. Uma notícia sem nomes, parece mais alguém conjecturando sobre hipóteses, principalmente quando fala em insegurança dos jogadores, que sempre transferem para seus agentes o problemas contratuais, pelo menos é o que falam ao serem questionados e que estão sempre focados em jogar. E quais são estes jogadores? Todo elenco, RC com certeza não faz parte deste grupo, mas está incluído nas divagações acima. Que esta diretoria é atrapalhada ninguém duvida, mas daí dizer que existe um clima de insegurança, acho que é ir longe demais. Os caras são ruins de bola e não tem o que justifique tamanha apatia, acho que muita mordomia é que está fazendo mal. Inseguros estamos nós torcedores com esse timeco de segunda divisão.

  2. Num momento em que discutimos contratações de alto valor econômico, para daí construirmos um time vencedor, vejam bem um exemplo do que é o futebol: esporte em que, a grande maioria dos atletas vivem fases.
    Exemplo do bom e barato, está na defesa do time campeão, abaixo. Vitor, Adilson,
    Ronaldo, Ronaldo Luiz e Pintado. Quem podia imaginar o SP, com metade do time representada por esses atletas, poderia vencer, em Tókio, o Barcelona que já era, na época, uma grande seleção mundial. Cafú, um iniciante, jogando como ponta esquerda a “la Zagalo”.
    Boa fase e um grande técnico que, apesar da fama de pé frio, não tinha medo de perder.

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