De craque da seleção à dispensa; o que aconteceu com Michel Bastos no SP

Quando ele foi contratado pelo São Paulo em 2014, o então vice-presidente de futebol do clube, Ataíde Gil Guerreiro, o classificou como craque de seleção brasileira. Porém, em menos de dois anos, Michel Bastos passou de referência do elenco tricolor ao jogador dispensado na última partida do Campeonato Brasileiro, contra o Santa Cruz, no Pacaembu.

Fora dos planos para 2017, o meia, de 33 anos, foi liberado e, de férias, viajou para a França. Como o camisa 7 tem contrato com o São Paulo até dezembro do ano que vem, o São Paulo tentou utilizá-lo como moeda de troca.

Sem a diretoria encontrar uma negociação interessante, existe até a possibilidade de ele rescindir o contrato. Na França, o empresário do jogador, Emmanuel de Kerchove, tenta achar uma equipe para o meia defender em 2017. Desta maneira, o Tricolor poderá economizar cerca de R$ 4 milhões em salários.

Motivos não faltaram para Michel Bastos deixar de ser peça importante e deixar o São Paulo. Veja abaixo os principais fatores que explicam a liberação do clube.

Brigas com a torcida

O camisa 7 entrou em rota de colisão com os são-paulinos em 2015. Depois de ouvir vaias do público, o jogador fez sinal de silêncio para a torcida na hora de comemorar um gol. Neste ano, circulou pela internet uma foto do meia com uma lata de cerveja na mão durante o período de crise do time, na Copa Libertadores. Tal fato, impulsionou um protesto dos torcedores. O clube até conseguiu colocar panos quentes durante o torneio continental, porém o relacionamento voltou a ficar tenso e acabou com a agressão de integrantes da organizada durante a invasão ao CT da Barra Funda, no dia 27 de agosto.

Falta de respeito ao técnico

Quando foi substituído durante uma partida contra o Fluminense, em 2015, ele xingou o então técnico do São Paulo, Juan Carlos Osorio. Após a saída do colombiano para comandar a seleção mexicana, o jogador também reclamou publicamente de algumas escolhas e apostas táticas do treinador. Essa postura foi vista como algo negativo pela diretoria.

Salários atrasados

Quando o clube atrasou salários em 2015, Michel Bastos deixou claro qual era a situação e expôs a diretoria, que, obviamente, não ficou satisfeita com o meia.

Falta de disciplina

O jogador chegou a faltar em treino e ser visto em campeonato de pôquer. Tal fato irritou ainda mais a torcida. O então técnico do São Paulo, Ricardo Gomes, foi outro que não viu com bons olhos a postura.

Má influência

Alguns integrantes do departamento de futebol não consideravam o veterano jogador como uma boa influência para o restante do elenco.

Reclamações

Para evitar críticas, a diretoria tentou atender todas as necessidades do atleta nestes últimos meses do ano. Mesmo assim, o jogador chegou a reclamar da postura do São Paulo para o seu agente que chegou a tornar públicos tais questionamentos.

Sem aval de Rogério Ceni

O futuro técnico do São Paulo nunca foi o fã número um de Michel Bastos. Além disso, o ex-goleiro pretende jogar com jogadores de sua confiança e promessas das categorias de base.

 

Fonte: Uol

3 comentários em “De craque da seleção à dispensa; o que aconteceu com Michel Bastos no SP

  1. Mais no início do campeonato, quando ainda poderia ser feito a negociação do Migué e havia alguns interessados, defendi sua venda imediata, independentemente de valores a receber. Há algum tempo atrás, quando já estava mais na cara que barba que ele não seguiria mais no SP, afirmei que ninguém mais o contraria pelo custo/benefício negativo: alto salário e pouco futebol. Agora, caso seu procurador não seja mmuuuiiito bom e consiga algum timinho desavisado no França, o SP vai ter que arcar com seus salários por mais um ano ou, quem sabe, colocá-lo em outro clube pagando uma parte deles. É o que dá não termos administradores capazes de, ao menos, uma boa análise do que acontece com o seu plantel…

  2. Vaza logo, foi uma das piores contratações que o SPFC fez nesses últimos tempos. Um sujeito totalmente descomprometido que se acha um Pelé da bola.

  3. Não tem espírito de grupo… é daquele tipo do “sou mais eu”! E tem mais, ele pensa que joga aquilo que NÃO joga. Jogador comum… e ruim de grupo. Sua saída será uma ação de assepsia no vestiário.

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