Da chuteira ao colega de quarto: bastidores até estreia de Pato

Um mês exato é o tempo que Alexandre Pato completa de São Paulo nesta terça-feira, véspera de sua estreia. Nesse período, além de se preparar tecnicamente, ele também conseguiu criar um ambiente harmonioso, algo que talvez tenha lhe faltado no Corinthians, clube em que deixou para trás número de camisa, chuteira e parceiros de concentração. A partir de agora, é tudo novo.

Camisa 7 na antiga equipe, ele usará a número 11, que foi tirada de Ademilson pela diretoria são-paulina – o prata da casa agora veste a 19, que estava sem dono desde a saída de Aloísio para o futebol chinês. Essa mudança, por consequência, fez com que a Nike (empresa de material esportivo que o patrocina) confeccionasse uma nova chuteira. Ela é azul clara, predominantemente, e leva a inscrição “P11”.

É com o novo calçado, na maioria das vezes, que Pato vem treinando desde fevereiro, no CT da Barra Funda. O desempenho nessas atividades foi aprovado pela comissão técnica de Muricy Ramalho, mas é seu bom relacionamento com os companheiros de elenco que mais conta a seu favor. Depois de um mês de convivência, o atacante já está devidamente incorporado ao grupo.

Sergio Barzaghi/Gazeta Press

Chuteira tem inscrição “P11”, em referência à primeira letra de seu apelido e à numeração da nova camisa

Mesmo sem poder atuar no Campeonato Paulista, Pato fez questão de ir ao vestiário e apoiar seus colegas em todos os jogos do São Paulo no Morumbi. No domingo, dia do clássico contra o Corinthians, recebeu orientação da diretoria de não assistir ao clássico no Pacaembu, a fim de evitar problemas com a torcida corintiana. Mais tarde, porém, usou rede social para comemorar a vitória. E enviou uma mensagem a Souza para saber como ele estava – o volante lesionou o joelho direito em uma dividida com Bruno Henrique e será desfalque por algumas semanas.

 

Publicamente, Pato nega que, no agora clube rival, tenha lhe faltado essa sensação de pertencer ao grupo. Aos novos colegas, no entanto, já comentou que era cobrado a desempenhar funções que nunca desempenhou, como dar combate defensivo e carrinho. Desde sua primeira aparição no CT, essas mostras de confiança ao compartilhar problemas particulares desarmaram o prejulgamento que muitos tinham por conta de relatos de terceiros a seu respeito.

“Quando se chega a um clube, você é novo, e é natural que os outros não saibam como você é, como você vive, como trata as pessoas. Do primeiro contato até agora, isso mudou muito. Todos me deixaram à vontade para fazer meu trabalho, e hoje eu conheço todo mundo aqui. Está sendo muito importante esse carinho”, disse, na segunda-feira, quando ressaltou não ter tido problemas entre ele e o capitão Rogério Ceni, com quem teve desavenças em campo enquanto corintiano.

Já chamado de “bom menino” pelo camisa 1 – que é seu parceiro de time nos rachões -, o reforço está pronto para estrear. Na manhã desta terça-feira, ele viaja pela primeira vez com a delegação, rumo a Maceió, palco do duelo com o CSA, pela abertura da Copa do Brasil. Na capital alagoana, ele terá como colega de quarto o goleiro reserva Denis e saberá de quem tomará vaga no time titular.

 

Fonte: Gazeta Esportiva

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