Ainda garoto, Menta sentiu um enorme dissabor. Então com 19 anos e considerado um promissor zagueiro, ele viu acabar, no fim de 1992, a sua chance de ser campeão mundial pelo São Paulo. Dias antes da viagem para encarar o Barcelona em Tóquio, o técnico Telê Santana decidiu cortar o então beque revelado pelo clube da lista. Pouco mais de 21 anos depois, Menta agora é treinador do time sub-20 do Tricolor, e se inspira justamente em Telê para não perder mais nenhuma oportunidade de escrever seu nome na história são-paulina.
– Me marcou muito ter sido tirado da lista dos jogadores que iriam viajar para o Japão. Na ocasião, o Telê não me disse nada, simplesmente o meu nome não estava na lista. Os profissionais são mais frios mesmo. Aquilo marcou a minha carreira. Depois, eu acabei sendo emprestado por três para o Musashino, do Japão, e não joguei mais no São Paulo – afirmou Menta, que também rodou por clubes como Figueirense, CSA-AL, Juventus-SP e Taboão da Serra até encerrar a sua carreira como jogador, sem muito brilho.
Mesmo depois da desilusão que o falecido Telê Santana o fez viver, Menta tem o eterno ídolo de todos os são-paulinos como a sua maior inspiração na carreira de treinador.
– Hoje, eu sei o quanto aprendi com o Telê. Ele é um perfeccionista. Faz muita diferença o detalhe no futebol. Aprendi muito com ele no dia a dia. É um mestre, que entendia muito de futebol e gostava de time ofensivo e com muita velocidade. Tudo isso, nós absorvemos e tentamos trazer para o trabalho.
Após passagens pelos times sub-13, sub-15 e sub-17 do Tricolor, Menta tem a sua primeira chance de disputar uma Copinha, com jogadores até 20 anos de idade. E a estreia não foi empolgante, pois o São Paulo não passou de um empate por 1 a 1 com o japonês Kashiwa Reysol, na sexta-feira à noite, na Arena Barueri, em Barueri. Nada que tire o sono dos tricolores.
– Temos os próximos dois jogos para nos classificarmos. Primeiro, na segunda-feira, contra o Auto Esporte-PB, que vai ser o confronto direto pela liderança, pois eles venceram o Barueri (1 a 0), na primeira rodada. Depois, contra o Barueri. Eu esperava que a equipe estivesse tensa, pois a Copa São Paulo é muito marcante para esses meninos. Vamos nos recuperar.
Em suas mãos, Menta tem alguns jogadores considerados preciosos pela diretoria do São Paulo. O maior destaque é o meia Gabriel Boschilia, que marcou um golaço de falta na estreia são-paulina. O técnico está animado.
– É difícil escolher um grande nome só. Temos muitos garotos com potencial muito grande e o São Paulo aposta em todos eles. O Boschilia é um garoto muito alegre e gosta muito de jogar futebol, isso o ajuda chamar a atenção. Espero revelar muitos jogadores e ir muito bem nesta Copa São Paulo.
Se o Telê cortou é por que não servia.
Ontem demonstrou que não aprendeu nada, ficou dependendo de jogadas individuais.
Não o conheço, mas, sua praia não é futebol.
Perfeito, como sempre, Fernandes. Citou o Telê para parecer simpático. Nós vimos o amontoado que ele colocou em campo para jogar contra os japas, cansados pela diferença do fuso horário. Tem muito bons jogadores no grupo mas me pareceu que não sabe o que fazer com eles . . .
Vamos ver os próximos jogos. Tomara que realmente seja emoção de estrear na Copinha, mostrada para todo o Brasil.
abraços