Conheça Everton Felipe, novo reforço do São Paulo

ano é 2013. Everton Felipe treina no elenco profissional do Sport e logo desperta a ira dos defensores. Apelidado de “folgado”, o jogador se destaca, principalmente, pelos dribles e jogadas rápidas. Por causa disso, recebe muitas pancadas.

De lá para cá, seu futebol evoluiu e chamou a atenção de outros clubes brasileiros. Agora, contratado pelo São Paulo, o jogador vive um momento em que luta para encontrar a melhor forma física e técnica depois de uma grave lesão no joelho no ano passado.

Dentro de campo, Everton atua tanto como meia centralizado quanto como ponta. Sua preferência é pela primeira opção, em que ele se acostumou a jogar na base tanto do Sport como na do Internacional – onde passou por um ano. Ele atuou no ataque, pelos lados, quando foi necessário, mais pela presença de um jogador de mais nome na posição – no caso, Diego Souza, “um irmão, um pai”, que teve influência em sua decisão de acertar com o São Paulo.

No São Paulo, portanto, Everton Felipe pode fazer a função de Nenê, que vai precisar de descanso por conta das seguidas partidas, como também pelos lados, nas vagas de Rojas e Everton.

Everton Felipe nos primeiros treinamentos com o profissional do Sport (Foto: Elton de Castro)

Everton Felipe nos primeiros treinamentos com o profissional do Sport (Foto: Elton de Castro)

Histórico na carreira

No Sport desde 2011, Everton Felipe teve de amadurecer para poder, enfim, se firmar no time. Em 2014, recebeu as primeiras chances entre os profissionais. Entre a Copa do Nordeste e o Campeonato Pernambucano, fez oito jogos, sendo três como titular. Já mostrava habilidade e rapidez, mas segurava muito a bola. Sem espaço, foi emprestado ao Internacional em 2015.

Lá, fez jogos no sub-20 e chegou a carregar a faixa de capitão em algumas partidas. Apesar de querer permanecer no Colorado, os dois clubes não chegaram a um acordo financeiro e ele retornou ao Leão.

Everton voltou mais maduro ao Sport em 2016. Naquela temporada, fez 55 jogos pelo clube rubro-negro. Foram 47 partidas como titular e três gols marcados. Na Série A foi que se firmou de vez, quando esteve em campo em 36 das 38 rodadas. Com Diego Souza como principal jogador daquela equipe, atuando centralizado no campo, Everton jogava mais pelos lados – principalmente o direito. O apelido também mudou. Era “folgado” e passou a ser “juvenil”.

Everton Felipe e Diego Souza construíram amizade no Sport (Foto: Marlon Costa / Pernambuco Press)

Everton Felipe e Diego Souza construíram amizade no Sport (Foto: Marlon Costa / Pernambuco Press)

Diego – que vai reencontrar Everton no São Paulo – foi um dos maiores tutores do garoto. Era quem mais o aconselhava e os dois viviam andando juntos. Everton Felipe passou a soltar mais a bola, dar mais opção e também se preocupou com a parte tática, principalmente acompanhando os laterais adversários.

No ano passado, ele vivia uma fase boa. Titular absoluto, tinha atuado em 50 jogos, mas ainda mostrava deficiência na hora de marcar gols – tanto é que tinha uma meta pessoal de fazer 15 gols e só fez quatro em 2017, temporada que mais jogou pelo Sport. Um deles foi o do título do Campeonato pernambucano, em chute de fora da área.

Foi aí que Everton sofreu uma grave lesão no joelho esquerdo em um jogo contra o Avaí, em setembro. Fez cirurgia, se recuperou e voltou em março deste ano. E com um desejo: atuar mais centralizado. Dizia que podia ocupar a vaga deixada por Diego Souza na posição que realmente rendia melhor (quando substituiu Diego nesta função, fez bons jogos, como na vitória de 3 a 1 sobre o Bahia, na Série A de 2017). Mas a falta de ritmo de jogo foi a sua maior adversária. Neste ano, só entrou em campo oito vezes e marcou um gol.

Personalidade forte

Após vitória contra o Santa, Everton mostra as chuteiras para a torcida adversária (Foto: Aldo Carneiro/ Pernambuco Press)

Após vitória contra o Santa, Everton mostra as chuteiras para a torcida adversária (Foto: Aldo Carneiro/ Pernambuco Press)

Fora de campo, Everton Felipe esbanja personalidade. Não foram poucas as vezes que ele “jogou com a torcida”. Torcedor declarado do Sport, provocou o rival Santa Cruz em vários momentos, reforçando que a equipe era de Série B ou Série C (divisão que disputa atualmente).

O meia chegou a dizer que Grafite, ídolo coral, não amarrava as chuteiras de Diego Souza. E após uma vitória sobre o Santa na Ilha do Retiro – por 5 a 3, na Série A de 2016 – mostrou as chuteiras para os rivais. Everton Felipe, inclusive, marcou um golaço nesta partida.

Fonte: Globo Esporte

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