Com “saúde irritante”, Juvenal seguirá ligado à política tricolor

A poucos dias de entregar o cargo, após oito anos no poder, Juvenal Juvêncio avisa: não vai se afastar da política do São Paulo. O ainda presidente, que andou um pouco mais distante do futebol nos últimos tempos para cuidar da saúde, promete continuar ligado ao clube em caso de vitória de Carlos Miguel Aidar na eleição.

“Vocês (jornalistas) gostariam que eu falasse que vou tomar conta. Vou estar envolvido sempre, pois tenho uma responsabilidade enorme”, disse o dirigente, no sábado, quando os sócios do clube elegeram 80 conselheiros, em prévia do pleito presidencial, marcado para 16 de abril.

Djalma Vassão/Gazeta Press

Dirigente promete que, após deixar a presidência, continuará envolvido com assuntos políticos do clube

“Esses caras olhando para nós, estão vendo?”, perguntou, apontando para os votantes que se encaminhavam para as urnas no ginásio do Morumbi. “Eles ouvem o Juvenal Juvêncio. Ainda que vocês batam nele (em mim). E eles gostam mais por isso. São mais solidários! Cada metro quadrado que tem nesse clube tem a minha participação. Cada metro!”, bradou.

 

Aidar garante que, se for eleito presidente novamente – já o foi em dois mandatos de dois anos, entre 1984 e 1988 –, sua gestão não sofrerá interferência direta de Juvenal. Por outro lado, quer ter o colega a seu lado de alguma forma. Na década de 1980, Juvenal foi seu diretor de futebol, nas conquistas de dois títulos paulistas (1985 e 1987) e um brasileiro (1986).

Juvenal teve diagnosticado um câncer de próstata há mais de dois anos, mas diz que o problema foi estabilizado. O fato é que, desde o segundo semestre de 2013, no entanto, seuestado de saúde não tem sido dos melhores, motivo pelo qual se distanciou consideravelmente do dia a dia do futebol. Não foi mais visto no centro de treinamento e diminuiu as idas ao Morumbi. Ele nega.

“Estou muito bem e tenho uma saúde irritante. Muita gente não vai gostar disso. Estou caminhando na vida e vou longe ainda”, comentou, sorrindo, o mandatário tricampeão brasileiro (2006, 2007 e 2008) e vencedor da Copa Sul-americana de 2012, além do Campeonato Paulista de 1989, em seu primeiro período à frente do clube.

 

Na prática, ao entregar o cargo para Aidar (ou para Kalil Rocha Abdalla, em caso de vitória da oposição), Juvenal continuará fazendo parte do Conselho Deliberativo do clube, uma vez que é membro vitalício, e também terá peso importante em decisões nas quais o presidente tiver que se socorrer do Conselho Consultivo, do qual igualmente faz parte.

 

Fonte: Gazeta Esportiva

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