Com Fabrício, São Paulo fica mais velho e ‘cascudo’ na Libertadores

Há anos o São Paulo tenta montar uma equipe com a chamada “cara da Libertadores”. Um time mais experiente, pegador, com jogadores que imponham respeito ao adversário e tenham currículo recheado de títulos. A lesão do volante Denilson, que sentiu dores no joelho nos últimos treinos, abre portas para queFabrício entre e deixe o Tricolor o mais próximo possível desse perfil sonhado pelos dirigentes.

O jogador foi contratado no início do ano passado para tentar mudar a cara de um meio-campo que era considerado muito frouxo na marcação, sem vibração e capacidade de uma defender de forma mais dura. Porém, sua sequência de lesões prejudicou demais as pretensões das comissões técnicas. Recuperado, ele ganha a oportunidade de se juntar aos outros líderes do grupo: os ídolos Rogério Ceni eLuis Fabiano, e o zagueiro Lúcio, contratado recentemente com o mesmo intuito.

Fabrício é o mais novo do quarteto, tem 30 anos, e deixa o time mais velho, já que Denilson completou 25 no último dia 16 de fevereiro. Fabuloso tem 32, Lucio, 34, e o goleiro já chegou aos 40. Mesmo assim, o volante é conhecido por seu perfil de liderança. Na comissão técnica do São Paulo, todos são fãs de seu comportamento. Antes do jogo contra o Arsenal, houve até um pedido para que ele não “exagere” na garra.

O técnico Ney Franco acredita que ele pode disputar os 90 minutos se for preciso. No último fim de semana, Fabrício foi titular pela primeira vez no ano contra o Penapolense, e saiu no segundo tempo. Além da temperatura muito alta, o jogador já tinha cartão amarelo e, cansado, corria risco de chegar atrasado em algum lance e ser expulso.

– Espero que eu possa ajudar a equipe a conseguir os três pontos. Será um jogo fundamental para o time conseguir a classificação, precisamos da vitória a qualquer custo. Jogar como titular em uma circunstância como essa é muito motivador – afirmou o volante, escalado por ter características semelhantes às de Denilson, com quem o time titular treinou durante toda a semana.

Com média de idade de 27,7 anos nesta quinta, o São Paulo quer usar sua experiência para não deixar o Atlético-MG se distanciar na liderança do grupo. O único do quarteto de veteranos que já conquistou a Libertadores é Rogério Ceni, em 2005. Fabrício foi vice-campeão em 2009, pelo Cruzeiro; Luis Fabiano chegou à semifinal em 2004, enquanto Lúcio disputa a primeira edição da competição.

O volante vê na Libertadores um estilo de jogo mais similar ao que gosta de desempenhar em campo, principalmente porque, segundo ele, os árbitros não protegem tanto os atacantes como acontece nos torneios nacionais.

– Não acho que o jogo seja mais violento na Libertadores. Tem uma ou outra entrada mais forte, como teve no Ronaldinho (do zagueiro do Arsenal, na semana passada), mas essas são faladas no mundo inteiro. Nos nossos campeonatos há proteção demais para os atacantes. Se você dá um carrinho na bola, é claro que depois vai haver contato com o jogador. Temos de nos adaptar, jogarmos de uma forma no Paulista e outra na Libertadores.

 

Fonte: Globo Esporte

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