Com David Neres, São Paulo quase iguala receita do desmanche de Aidar

O valor total da negociação de David Neres com o Ajax, da Holanda, de R$ 50,7 milhões, praticamente iguala a receita obtida pelo São Paulo em 2015, quando o ex-presidente Carlos Miguel Aidar vendeu sete jogadores e arrecadou R$ 56,6 milhões.

O bruto daquele desmanche, que abriu uma crise entre o cartola e o então técnico colombiano Juan Carlos Osorio durante o Campeonato Brasileiro, foi de R$ 103,9 milhões, mas o fatiamento dos negociados e as comissões pagas fizeram com que o clube ficasse somente com 54,5% do valor.

Diante da dívida exorbitante, a atual gestão manteve a política de vendas, mas conseguiu preservar uma proporção consideravelmente maior do montante arrecadado para o São Paulo. Desde 2015, foram negociados seis jogadores. Pelos meias Maicon e Ganso e os atacantes Ademilson, Ewandro, Kieza e Alan Kardec, o clube teve receita bruta de R$ 105,2 milhões, e líquida de R$ 80,8 milhões – ou seja, 76,8%.

Como tinha 100% de seus direitos econômicos vinculados ao São Paulo, David Neres vai aumentar ainda mais essa proporção quando sua venda entrar no balanço.

A perda daquele que era considerado o melhor atacante do grupo incomoda a todos, mas é impossível não falar de dinheiro no São Paulo.

Em 2015, Aidar, que renunciaria em outubro daquele ano depois de denúncias de corrupção, vendeu os zagueiros Rafael Toloi e Paulo Miranda, os volantes Souza e Denilson, o meia Boschilia e os atacantes Osvaldo e Jonathan Cafu. O fatiamento (percentual dos direitos econômicos que não pertencia ao São Paulo) levou embora R$ 39 milhões. As comissões custaram R$ 8 milhões. O clube terminou aquele ano com dívida de R$ 170 milhões.

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Sucessor de Aidar, eleito para um mandato complementar de outubro de 2015 a abril de 2017, Leco tem batido na tecla de sanar os problemas financeiros. O processo tem sido lento. Em setembro de 2016, a dívida havia sido reduzida em 28%: era de R$ 124 milhões, já descontado o débito tributário de R$ 77 milhões equacionado no Profut – refinanciamento das dívidas com o governo mediante contrapartidas de boa gestão.

Carlos Augusto de Barros e Silva Leco São Paulo (Foto: Marcos Ribolli)Leco é presidente do São Paulo até abril, quando tentará a reeleição (Foto: Marcos Ribolli)

No fim do ano passado, o Conselho Deliberativo não aprovou o recebimento de R$ 20 milhões de luvas num novo contrato de direitos de transmissão. O São Paulo, então, pegou empréstimo de R$ 10 milhões no banco. Com essas oscilações, o clube estima que o valor atual da dívida total gire em torno de R$ 140 milhões.

A missão da diretoria, para ter credibilidade, é mostrar que se desfazer de um dos seus principais jogadores e colocar em risco o fator técnico valerá a pena e servirá, de fato, para aliviar a crise financeira – ao contrário do que ocorreu em 2015, quando o desmanche teve pouquíssima relevância econômica e custou as chances de o Tricolor brigar pelo título brasileiro.

O orçamento elaborado pelo departamento financeiro para 2017 previa arrecadar R$ 60 milhões com negociações de jogadores. David Neres renderá a maior parte disso – R$ 40 milhões em julho e mais R$ 10,7 milhões condicionados a metas do jogador em sua nova equipe.

O zagueiro Lyanco teve negociação adiantada com o Juventus, da Itália, mas não houve tempo para um desfecho na janela que se encerrou às 20h (de Brasília) de terça-feira. Os italianos ofereceram R$ 17 milhões. O São Paulo, que tem 80% dos direitos econômicos, pediu R$ 20 milhões. É possível que a negociação continue para ser concretizada no meio do ano.

 

Fonte: Globo Esporte

4 comentários em “Com David Neres, São Paulo quase iguala receita do desmanche de Aidar

  1. Tricolores me responda uma coisa essa diretoria ta fazendo fundos e mundos pra trazer jucilei ” pra mim jogador comum” não era mais fácil ter investido tudo no João Schmidt ??? Não acredito q ele seja tão burro de querer sair do SPFC pra jogar num time minúsculo dá Europa ?????????? Não entendo DIRETORIA HORROROSA, AMADORA, torço pra esses câncer morrer tudo pq só assim pra sair do SPFC, conselheiros ultrapassado velhos ancião vez de cuida das suas vidas preferem fazer de tudo pra afundar o SPFC,,,,e quando Juju morreu vim gente lamenta o cara era o FDP de marca maior

  2. Infelizmente nossa realidade é essa, venda dos filhos de Cotia para cobrir os déficits que se acumulam e felizmente os temos para vender. Essa situação vai durar até que tenhamos uma situação financeira estável.
    Acredito que agora com o Rogério praticamente no comando, as coisas vão mudar para melhor.
    O que não pode é deixar de ganhar no mínimo três milhões de euros com o João Shimith por não pagar a luva pedida pelo jogador. O caso seria de pagar o que ele pedia e coloca-lo a venda em seguida, era dinheiro em caixa na próxima janela.

  3. Acho q essa diretoria de merda não precisa arrumar mais desespero pra vender mais ninguém né , principalmente se for dá base ,pra que vender Lianco se final do ano graças a Deus o Lugano aposenta ” sou grato por tudo mas futebol é momento” duvido q eles conseguem segura o Rodrigo Caio por mais dois anos,se for pra vender jogadores vendem Wellington volante comum, Wesley jogador comum esse deve fazer mágica no treino pq nunca vi receber tantos elogios ,Denis pode vender kkkk duvido quem compra, Gilberto e Chaves pode vender lógico q se vender os atacantes tragam pelo menos um né .

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