Ceni promete boa recepção a ex-rival Pato no CT: “É obrigação”

A despeito das desavenças em campo com Alexandre Pato no ano passado, Rogério Ceni promete recepcionar bem no São Paulo oatacante, envolvido em troca que levará o meia Jadson para o Corinthians. Antes de capitão e ídolo, o goleiro lembra, ele é funcionário e respeita a hierarquia do clube.

“(Vou recebê-lo) muito bem, como todos osprofissionais. Sempre que uma instituição como o São Paulo contrata um atleta, é obrigação dos jogadores que estão lá receber bem”, disse o camisa 1, na noite desta quinta-feira, ao final da vitória por 2 a 0 sobre o Paulista, no Morumbi.

Rogério e Alexandre são nascidos em Pato Branco, cidade paranaense localizada a pouco mais de 400 km de Curitiba, mas foram rivais do início de 2013, quando o atacante foi contratado pelo Corinthians, até esta semana. E foi a rivalidade que criou desavença entre ambos, nos primeiros clássicos da temporada passada.

O fato de serem conterrâneos não impediu que, em março, ao menos um deles evitasse uma forte dividida na área. O são-paulino chegou atrasado, chutou a parte de baixo da chuteira do agora ex-corintiano e, além de cometer pênalti – que não defenderia -, acabou lesionando o pé direito. Por muito tempo, o goleiro fez tratamento e só disputou jogos muito importantes.

A lesão no pé direito mudou, inclusive, a maneira de Ceni bater na bola. Ele chegou a admitir que buscava o canto esquerdo nas cobranças de penalidade por não suportar a dor ao usar o peito do pé. Coincidência ou não, depois de revelar a limitação, errou quatro tentativas seguidas ao longo da temporada até voltar a balançar a rede da marca penal, no final do ano.

 

Antes disso, porém, teve outros encontros com Pato. Em maio, após empate sem gol no tempo regulamentar, os rivais decidiram nos pênaltis a vaga na final do Campeonato Paulista. A última cobrança corintiana, de Pato, foi defendida pelo goleiro, mas o árbitro o viu se adiantar e ordenou que ela fosse repetida. Na nova tentativa, o atacante marcou, classificou seu time e ironizou o conterrâneo.

Menos de um ano depois, ambos estão próximos de ser colegas de elenco. E se a principal torcida organizada do clube já o criticou nesta quinta-feira, Ceni tratou, ainda que sem muita empolgação, de elogiar o novo reforço.

“Tem talento, é um grande jogador, uma opção, uma troca. O Jadson também é excelente. Vamos ver”, falou o goleiro, antes de minimizar os protestos da arquibancada. “O torcedor tem todo o lado da rivalidade. Mas ele (Pato) vai fazer o torcedor compreender com futebol, quando tiver a oportunidade de jogar, se dedicando dentro de campo”.

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