Calleri cita diferença entre Argentina e Brasil: “Aqui todos ficam defendendo”

Calleri chegou ao São Paulo em janeiro de 2016. Pouco mais de dois meses de uma adaptação rápida ao clube e ao Brasil. Em 19 jogos com a camisa do Tricolor Paulista, já foram 10 gols, sendo sete deles na Libertadores, torneio no qual é artilheiro. Nesse curto período, o argentino conseguiu identificar uma diferença entre o futebol brasileiro e o argentino. Segundo o camisa 12, em seu país não tem essa de time pequeno ficar se defendendo o tempo todo e jogar só no contra-ataque.

– Aqui as duas equipes têm mais respeito. Vai jogar, por exemplo, como nós enfrentamos, São Bernardo contra o São Paulo no Pacaembu e São Bernardo todo atrás. Se fosse na Argentina o Boca contra um time menor e a equipe menor vai querer ganhar. Vai sair para o ataque, não fica só se defendendo. Aqui todos ficam defendendo e jogam no contra-ataque e isso que nós pecamos muito. Não definimos as partidas, não fomos eficazes na finalização e ficamos mal posicionados atrás e por isso perdemos muitas partidas no Campeonato Paulista – explicou.

 

Calleri São Paulo Esporte Espetacular (Foto: Reprodução)Calleri é dos destaques do São Paulo em 2016, mas tem contrato só até o fim de junho (Foto: Reprodução)

Com apenas seis jogos pelo Tricolor Paulista na Libertadores, Calleri já entrou na lista dos dez maiores artilheiros do clube no torneio. Está empatado com Raí e a sete gols de Luis Fabiano e Rogério Ceni. E isso ele agradece a Paulo Henrique Ganso, outro destaque do time neste ano, e que, segundo Calleri, “coloca a equipe nas costas”.

– Para mim é um grande jogador, que se quiser pode jogar em qualquer clube do mundo, onde ele quiser. Ele tem uma técnica que eu vi poucas vezes em meus companheiros, e penso que, como eu disse, se ele se propor a jogar onde quiser, ele vai conseguir, porque tem uma condição impressionante, porque está dando muito ao São Paulo e acho que na equipe é o melhor jogador que nós temos. Do jeito que damos a bola pra ele, a bola não queima em seus pés, quando o time está jogando bem ou está jogando mal, ele coloca a equipe nas costas e leva o São Paulo à frente.

Mas se a carreira de Calleri parece tomar um rumo de sucesso, o caminho até aqui teve uma ajuda improvável. Ansioso por sua estreia como profissional no All Boys, da Argentina, Calleri se consultou com Marcelo Roffé, psicólogo esportivo que trabalhou na seleção argentina e com jogadores do River Plate, rival do São Paulo na última quarta-feira

– Foi em um momento que eu estava ansioso por estrear na primeira divisão. Meus companheiros estreavam também e jogavam e eu não. A ânsia de querer estrear na primeira divisão me fazia perder um pouco o foco, justamente o preparador físico do River Plate, do Marcelo Gallardo, eu trabalhei com ele quando estava na reserva do All Boys. Somos amigos  e ele me recomendou Marcelo Roffé, que é um psicólogo esportivo, que trabalhou com a seleção argentina, com Pekerman na Colômbia, e me ajudou muito durante três anos. Ele me ajudou muito no período que trabalhamos juntos e grande parte de hoje eu estar vivendo esse momento e daquilo que eu passei no Boca eu devo à ajuda dele – disse o camisa 12 do São Paulo.

Fonte: Globo Esporte

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