Aristizábal revê o Tricolor na Colômbia, mas aposta no Nacional

Dodô e Aristizábal. Em meados da década de 90, a torcida do São Paulo acostumou-se a vibrar com os gols desta dupla, que impressionava pelo entrosamento. Ficaram também muitas histórias. Algo que o colombiano da famosa parceria pôde reelembrar nesta quarta-feira.

Morador de Medellín, onde o São Paulo enfrenta o Atlético Nacional (COL) pela Copa Sul-Americana nesta quarta-feira, o ex-atacante da seleção colombiana aproveitou a estadia do ex-clube em sua cidade e visitou a delegação tricolor no hotel em que estão hospedados.

Reencontrou desde funcionários antigos a Muricy Ramalho – que foi seu treinador -, o coordenador técnico Milton Cruz e, claro, Rogério Ceni, o único jogador remanescente de sua época.

– É muito legal esse contato com os ex-colegas, afinal foram só alegrias no São Paulo. Eu adorava jogar no Morumbi, adorava treinar no CT e minha passagem foi isso: ficaram só amigos – afirmou Aristizábal, ao LANCE!Net.

Ari, como é chamado, deu boas risadas ao reelembrar histórias dos tempos de Muricy, revelou que até hoje mantém contato com Dodô e aproveitou a visita para fazer lobby para seu filho de oito anos, que já dá os primeiros passos no futebol.

Enquanto conversava com os profissionais do clube, ele exibiu sorridente vídeos nos quais aparece treinando o garoto na fazenda em que vive na Colômbia.

– Você, que sabe um pouco de bola, pode ver como ele chuta bem. Vou levá-lo para o São Paulo – brincou, se dirigindo a Milton Cruz.

A amizade, no entanto, terá de ficar de lado na hora que a bola rolar nesta noite, pelas quartas de final da Sul-Americana. Isso porque o Atlético Nacional é justamente o time que formou Aristizábal e pelo qual o ex-atacante nutre o maior carinho. Foi no Nacional que ele iniciou a carreira, em 1989, e a encerrou, em 2007.

– Gosto muito do São Paulo, tive o maior carinho do mundo lá, mas preciso ser justo com quem me deu a primeira oportunidade no futebol. Por isso, vou torcer para o Nacional, mas adoro o São Paulo – explicou Ari.

– Acho que será 2 a 1 para o Nacional – completou, apontando placar que dá a vaga à equipe da casa.

O ex-atacante hoje é dono de escolinhas de futebol em Medellín e conta com mais de 500 alunos. Ele é casado, tem duas filhas – além do garoto de oito anos – e deve vir ao Brasil em janeiro do ano que vem para gravar uma reportagem especial sobre a Copa do Mundo para a emissora de televisão da qual é comentarista na Colômbia.

Pelo São Paulo, o ex-atacante disputou 79 jogos e marcou 36 gols, sem ganhar títulos. Também passou por Santos, Cruzeiro e Coritiba no futebol brasileiro. Já no futebol colombiano é quase um rei. É até hoje o maior artilheiro da história do país, com 348 gols, segundo suas próprias contas. Foi quatro vezes campeão colombiano pelo Nacional e integrou a considerada melhor geração da história do país no início da década de 90, ao lado de Higuita, Valderrama, Rincón e Asprilla.

Fonte: Lance

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