Após guerra de bastidores, Ponte ‘esquece’ conflito e nega revanche

O São Paulo brigou e conseguiu vetar a utilização do Moisés Lucarelli, em Campinas, pela Ponte Preta nesta semifinal da Copa Sul-Americana. Durante o conflito nos bastidores, que envolveu os dois clubes, Conmebol, CBF e Federação Paulista de Futebol, houve troca de farpas dos dois lados. Agora, no entanto, após a inesperada vitória da Ponte Preta por 3 a 1 no primeiro jogo, no Morumbi, a equipe de Campinas não quis aproveitar o triunfo para comemorar em tom de revanche.

“[Resultado] foi o melhor possível, mas pés no chão. Estamos enfrentando um tricampeão mundial e nada está resolvido. O São Paulo pode reverter essa situação no próximo jogo. o mais importante será chegar à final e ganhar. A emoção é de um sonho de torcedor que vai se realizando, sonho de fazer a Ponte Preta grande, queremos esse resultado em campo para homenagear nossa torcida”, disse o presidente da Ponte Preta, Márcio Della Volpe, após o apito final no Morumbi.

Durante a briga nos bastidores, Della Volpe chamou a atitude do São Paulo de “picuinha” e disse que “faltou bom senso”. O presidente do clube de Campinas disse que a diretoria são-paulina não propôs qualquer diálogo e tentou usar o regulamento para se beneficiar, como não fizera antes.

De fato, o São Paulo poderia ter tido a mesma atitude nas oitavas de final, contra a Universidad Católica, mas deixou passar. A crítica são-paulina ao Moisés Lucarelli aconteceu pelo fato de o estádio ter capacidade para 17 mil espectadores, e não para pelo menos 20 mil, como manda o regulamento da Copa Sul-Americana para partidas entre oitavas e semifinais. No entanto, no Chile a equipe atuou no San Carlos Apoquindo, que atende 18 mil pessoas, e não brigou pelo veto – o São Paulo afirma que a Católica oferecia as condições de segurança necessárias para a partida, apesar do pequeno estádio.

O argumento são-paulino é em relação à segurança da partida. Em nenhum momento o São Paulo afirmou que brigaria pelo veto ao Moisés Lucarelli para beneficiar a equipe esportivamente. O clube diz que o estádio em Campinas não oferece segurança para torcedores e para as delegações.

O mesmo tom ameno e sem revanche foi utilizado pelo elenco da Ponte após o jogo. Jogadores que participaram da vitória inesperada não tiveram discurso contra possível opressão são-paulina, elogiara o time de Muricy Ramalho e exaltaram a tradição tricolor nas competições internacionais.

Com o veto ao Moisés Lucarelli, a Ponte Preta deve levar a partida da próxima quarta-feira para o estádio Romildo Ferreira, em Mogi Mirim. Na outra chave da semifinal, Lanús (ARG) e Libertad (PAR) decidem quem avançará à final da Copa Sul-Americana.

 

Fonte: Uol

Um comentário em “Após guerra de bastidores, Ponte ‘esquece’ conflito e nega revanche

  1. Volto a dizer:
    Essas copas quase sempre apresentam grandes zebras nas finais. Ou não é uma zebra o Flamengo e Atlético Paranaense estarem disputando a final da Copa do Brasil? No caso: duas zebras. . .
    A Ponte Preta deverá ser a zebra desta sul-americana. Pior é que, na hora em que eles sentirem que tem a chance real de ser campeões de um grande torneio, vem o vexame: bate a tremedeira e sucumbem para um time com alguma “camisa”

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